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A Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial manifesta sua profunda indignação e preocupação com a alta escalada da violência e inegável racismo institucional, configurado no Estado Brasileiro. Nos últimos dias, assistimos com perplexidade o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, ato que envolveu policiais rodoviários federais, no Estado de Sergipe. Uma violenta execução que fez da viatura oficial da polícia uma verdadeira câmara de gás, técnica que dialoga com outros momentos terríveis da humanidade. Lamentavelmente, essa violência tortuosa foi aceita por diversos segmentos das autoridades policiais, políticas e setores do anacronismo excludente.

O referido episódio aconteceu um dia antes de outra operação policial que promoveu um massacre contra vinte e cinco cidadãos afro diaspóricos e empobrecidos da Vila do Cruzeiro, na cidade do Rio de Janeiro. Os dois acontecimentos em pauta ressaltam a triste constatação de apartheid no Brasil e a implacável tentativa de genocídio da população afrodescendente empobrecida.

Os episódios colocam em risco o discernimento de substancialidade da democracia Brasileira e provocam clamor pela averiguação dos fatos, por meio das autoridades competentes, haja vista as diversas estatísticas que apontam o aumento da violência sofrida pela população negra no País.

Com o sentimento nacional de justiça e espírito democrático, a Associação Pacto de Promoção Equidade Racial solidariza-se com outras instituições, registrando sua indignação com os fatos envolvendo agentes públicos e exigindo celeridade nos esclarecimentos dos atos de violência. Para que a justiça social, os direitos humanos e políticas públicas sejam compreendidas como cultura de respeito e paz no nosso País.

Sem justiça, não há democracia!

São Paulo, 30 de maio de 2022.