Os brasileiros já estão em contagem regressiva para o Natal e, principalmente, para as comemorações de Ano Novo. Apesar da euforia para estes dias, é preciso ter alguns cuidados com a audição devido ao intenso volume das músicas e dos fogos de artifício que fazem parte das celebrações.
O barulho emitido pelos artefatos podem atingir mais de 120 decibéis (dB), sendo que o limite seguro de exposição a sons recomendado pelos especialistas é de 85 dB. Quando a quantidade recomendada ultrapassa esse limite, há risco de perda auditiva e, em alguns casos, a situação se torna irreversível.
A exposição a este tipo de poluição sonora pode ocasionar consequências severas à qualidade de vida da população, afetando a saúde do indivíduo e suas relações sociais. “Os sintomas são diversos, como sensação de pressão nos ouvidos, zumbido, dificuldade para ouvir, tontura, irritabilidade, sensação de ouvido tampado, pressão e estalos no ouvido”, explica a fonoaudióloga do Grupo Microsom, Maria do Carmo Branco. Caso um ou mais sintomas permaneçam, mesmo após o término da festa, a pessoa deve procurar um médico otorrinolaringologista para realizar uma avaliação.
Além disso, a especialista alerta às pessoas que soltam rojões em relação à distância, pois um acidente pode causar diversos danos, inclusive ao sistema auditivo. ”A pessoa deve se preocupar com a distância, pois quanto mais próxima estiver dos fogos maior a probabilidade de provocar danos à audição. Ela também deve olhar ao redor e se certificar de que não há nenhum indivíduo próximo enquanto solta os fogos”, afirma Maria do Carmo.
A fonoaudióloga ainda oferece dicas de proteção: “Ao frequentar as festas, bailes ou eventos de Natal e Ano Novo, evite ficar muito próximo às caixas de som, conjuntos musicais nos clubes e no local da queima de fogos. Além disso, preocupe-se com o tempo de exposição ao som intenso durante muitas horas”.
Vale ressaltar que se o indivíduo já tem predisposição a desenvolver uma perda auditiva ou se, no dia a dia, está exposto ao ruído intenso de forma consistente, ele terá maior probabilidade de desenvolver uma perda auditiva e, portanto, deve ser ainda mais cauteloso.