SBN esclarece sintomas e tratamento da compressão medular

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Comum entre idosos, a doença pode ocorrer em pessoas mais jovens por fatores genéticos

 

A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), uma das cinco maiores associações do mundo, esclarece os sintomas e o tratamento para a compressão medular. Segundo o neurocirurgião Jefferson Walter Daniel, Professor Doutor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (SP) e Coordenador da Comissão de Títulos de Especialistas da SBN, a causa prevalente para a doença é a estenose (estreitamento) do canal vertebral secundário à espondilose (artrose) da coluna vertebral.

A espondilose é o envelhecimento e a degeneração das estruturas anatômicas situadas na coluna vertebral, tais como os ligamentos da coluna, dos discos intervertebrais e as articulações. Ocorre predominantemente nos segmentos cervical e lombar da coluna vertebral e os sintomas neurológicos e da dor são comuns após os 60 anos de idade.

“Os sintomas de dor são amenizados, mas não eliminados na maioria dos pacientes. O fortalecimento da musculatura do pescoço, dorso e da região lombar minimizam o desconforto”, afirma o especialista. O neurocirurgião ainda ressalta que atividades físicas, de acordo com a capacidade clínica de cada indivíduo, sempre são indicadas. A fisioterapia, a reeducação postural global, Pilates, entre outros, fortalecem a musculatura. A acupuntura atenua os sintomas da dor quando as atividades físicas mencionadas não são possíveis de ser realizadas.

 

Tratamento e prevenção

A cirurgia para ocorrências de compressão medular é necessária quando há sintomas neurológicos. Nesses casos, o tratamento operatório deve ser contemplado. Já tratamentos alternativos são indicados na presença de doenças crônicas e, muitas vezes, graves, quando especialistas contraindicam a intervenção cirúrgica.

Os métodos cirúrgicos são distribuídos entre as cirurgias denominadas de abertas e as técnicas minimamente invasivas. As abertas são de porte cirúrgico maior e com a intenção de retirar a causa da compressão do tecido nervoso e estabilizar o segmento da coluna vertebral afetado pela doença. As minimamente invasivas possuem os mesmos objetivos, porém apresentam incisões cirúrgicas menores.

Para definir o tipo de cirurgia, é preciso analisar a gravidade dos sintomas neurológicos, o estado clínico geral e a presença ou a ausência de instabilidade das vértebras, característica comum na doença degenerativa da coluna vertebral. Após análise, determina-se a técnica cirúrgica conforme o estágio da doença e de maneira individualizada. Quanto mais avançada a idade do paciente e a presença de doenças associadas, menor o porte do procedimento cirúrgico indicado.

Para prevenir complicações na terceira idade, a SBN destaca que hábitos de vida saudáveis, boa alimentação e exercícios físicos regulares desde a juventude contribuem para o bom estado mental, físico e social. No entanto, a Sociedade alerta que a espondilose da coluna vertebral muitas vezes é inevitável, já que a causa da doença é genética.