SBN alerta população sobre acidentes automobilísticos nos períodos festivos

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O neurotrauma é um grave problema de saúde pública no País, que pode ocorrer em desastres automobilísticos ou outras situações traumáticas, como quedas, mergulhos imprudentes e violência física. Em períodos festivos, como o Ano Novo, a probabilidade de ocorrência de acidentes de trânsito aumenta também pelo consumo abusivo de bebida alcoólica.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram registradas 40.610 mortes em acidentes de trânsito no Brasil em 2010, número quase 7,5% maior em comparação ao ano anterior. Dados da empresa que administra o Seguro DPVAT mostram que as estatísticas de acidentes apresentarão resultados preocupantes em 2011. Prova disso é que entre janeiro e setembro, o número de indenizações já superou a casa dos R$ 1,6 bilhão e o de vítimas indenizadas aumentou aproximadamente 42% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, segundo levantamento estatístico da Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada morte no trânsito, 11 pessoas ficam com sequelas, 38 são internadas e 380 precisam ser atendidas em emergências.

Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), aproximadamente R$ 9 bilhões são destinados anualmente ao atendimento de casos de trauma, o que representa quase um terço de tudo que é investido em saúde pública no País. Em 2005, o governo investiu em média R$ 300 por cidadão na saúde, sendo que cada vítima grave custa cerca de R$ 100 mil aos cofres públicos. Estima-se que ocorram 10 mil novos casos de lesão medular no Brasil por ano.

Com o objetivo de conscientizar as pessoas e diminuir os índices de acidentes, a SBN mantém o projeto Pense Bem, que engloba apresentação de pesquisas e palestras, além de distribuição de folhetos com casos e depoimentos de vítimas. A ideia de criar a ação surgiu após a constatação de um alto índice de neurotrauma decorrente de diversos tipos de acidentes no dia a dia, como soltar pipas em lages das casas, subir em árvore sem verificar a segurança dos galhos, pular em rios, lagos, piscinas e mar sem verificar a profundidade, sentar na cadeira inclinada sobre duas pernas, subir escada sem corrimão, colisões no trânsito e outras situações semelhantes. A campanha oferece dicas de como praticar estas atividades sem correr riscos.