Pesquisa da Better Governance mostra que 82% das startups brasileiras

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Deficiência em práticas como controle e transparência são obstáculos para a geração de resultados, sustentabilidade do negócio e retorno aos acionistas

Um estudo realizado pela consultoria especializada Better Governance aponta que 82,1% das startups e das scale-ups brasileiras ainda se encontram nos níveis iniciais de maturidade quando o assunto é governança corporativa (GC). A pesquisa utilizou um modelo pioneiro que ajuda investidores na análise dos riscos, antes da realização de aportes. A ferramenta também auxilia os empreendedores a se estruturarem adequadamente, tornando as empresas mais atraentes para investimentos. O mercado tem um enorme potencial e estimativas mostram que os aportes em startups e scale-ups no Brasil devem passar de US$ 10 bilhões, em 2021, para algo entre US$ 11,3 e US$ 13 bilhões neste ano.

Apesar da perspectiva de maior valor aportado no segmento, o cenário macroeconômico global também elevou o nível de seletividade. “Os investidores estão muito mais criteriosos na tomada de decisão quanto ao tamanho da alocação dos recursos e à formatação dos portfólios”, afirma Nelson Azevedo, diretor responsável pela Divisão de Governança para Startups e Scale-ups da Better Governance.

O executivo ainda destaca que estamos em um momento de revisão dos investimentos em startups. Quanto maior o nível de governança das empresas, maior a possibilidade de captação de recursos por meio de investidores anjo, programas de fomento, fundos de venture capital e corporate venture capital. “Se antes o mercado tolerava crescimento a qualquer custo, sem entrega de margem e rentabilidade, agora ele exige crescimento sustentável. Portanto, a governança tornou-se uma ferramenta de mitigação de risco e de criação de valor para as startups e scale-ups”, diz Azevedo.

Na metodologia da Better Governance foram aplicados os conceitos de fases de desenvolvimento de startups ou scale-ups do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que contempla ideação, validação, tração e escala, com o modelo de estágios de maturidade de governança do IFC, que classifica as organizações como básico, em desenvolvimento, desenvolvido e avançado. Dessa forma, foi possível criar níveis de gradações e um detalhado diagnóstico quanto a 24 práticas de governança.

A metodologia ainda foca em seis dimensões de governança: comprometimento com ESG, liderança e cultura; processos de tomada de decisão e monitoramento estratégico; ambiente de controle, divulgação e transparência; propriedade; e engajamento com stakeholder.

Os resultados apontam para um descompasso entre o crescimento rápido das organizações com o ritmo menor de adoção e desenvolvimento da governança corporativa. Nas dimensões de ambiente de controle e de divulgação e transparência, a maioria das startups e scale-ups ficou posicionada no nível básico da governança corporativa, independentemente do estágio do negócio.

“A partir do modelo desenvolvido pela Better Governance e da implantação de um plano de ação em governança adequado, essas empresas podem diminuir substancialmente o risco de serem capturadas pelo chamado ‘vale da morte’, pois a maior causa de mortalidade de startups e scale-ups não é a falta de mercado, mas sim decisões incorretas, falta de adequação aos níveis de controle e transparência exigidos pelos investidores e deficiência na gestão de suas equipes”, aponta Sandra Guerra, sócia-fundadora da Better Governance.

A pesquisa é uma iniciativa pioneira e é a primeira que analisa com profundidade o mercado de startups e scale-ups no Brasil. A fase de coleta de dados foi realizada entre outubro de 2021 e fevereiro de 2022, contando com as parcerias da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), do hub de inteligência e aceleradora Distrito, do BNDES Garagem, do Cubo Itaú, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP).

A próxima edição do estudo já deve trazer uma visão da América Latina, por meio de parceria com o BID Invest, membro do Banco Interamericano de Investimento (BID), que também foi apoiador na primeira rodada da pesquisa. Desta forma, a Better Governance aplicará o estudo em todas as empresas nas quais a instituição financeira possui investimentos. Acesse a pesquisa na íntegra: https://bettergovernance.com.br/pdfs/supscups-por.pdf

Sobre a Better Governance
A Better Governance é uma das mais especializadas e renomadas consultorias especializadas em governança corporativa (GC) do Brasil. Oferece suporte ao aprimoramento do modelo e adoção de melhores práticas de GC em empresas de capital aberto, fechado ou organizações sem fins lucrativos. Cada um dos projetos é desenhado sob medida, prevendo o intenso envolvimento do time sênior da consultoria e adotando uma abordagem pragmática, resultante da vivência direta dos consultores como administradores e executivos. Com fortes vínculos institucionais no Brasil e no mundo, a Better Governance mantém-se aberta às mais recentes descobertas acadêmicas e às inovadoras soluções de mercado na implementação das melhores práticas de GC. Saiba mais sobre a empresa no link: www. bettergovernance.com.br