Pandemia internacionaliza troca de experiência entre professores

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Docentes de 16 países marcaram presença em encontro virtual para discutir abordagens educacionais que funcionaram durante e pós-pandemia

A troca de experiência entre profissionais da educação é essencial para aprimorar o aprendizado em sala de aula. Com a retomada das aulas em fase de análise no Brasil, a professora Josane Batalha Sobreira da Silva, do Colégio Visconde de Porto Seguro, decidiu buscar informações e saber como tem sido a experiência em outras escolas pelo mundo. Em um grupo de rede social, que reúne quase três mil professores de diferentes continentes, a docente pediu que outros profissionais compartilhassem registros do que deu certo, o que não deu, quais experiências foram valorizadas e quais as perspectivas para o pós-pandemia.

A postagem viralizou e inúmeros docentes decidiram marcar um encontro virtual para discutir os desafios da retomada das aulas em diversas partes do mundo. A primeira reunião teve a inscrição de 16 países, com a presença de diversos professores e abordou a organização das salas de aula presenciais, aulas on-line, entrada na escola, horário de recreio, quais são os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para professores e alunos, além de outras adaptações físicas que foram feitas nas escolas.

“Aqui no Brasil cada Estado decide sua data para retomada e em São Paulo há uma possibilidade de as aulas presenciais voltarem em setembro. Essa troca de experiência é muito importante para entendermos como foi a volta às aulas em outros países, muitos deles já passaram por essa fase”, diz Josane Sobreira. “Com o conteúdo que tivemos acesso, poderemos conversar com a diretoria do Porto Seguro e nos prepararmos para quando chegar esse momento aqui.”

Entre as várias experiências compartilhadas estão mais vigilância nos recreios para que os alunos mantenham o distanciamento social, poder de decisão dos pais sobre o retorno dos filhos, menos alunos dentro das salas de aula, com escalonamento e turnos. “Um exemplo é o Japão, onde as crianças são incentivadas a serem independentes desde os primeiros anos, os alunos são educados a seguir exemplos, por isso a medição de temperatura deve ser feita em casa, os estudantes não podem lanchar de frente para o outro e atividades em par ou grupo foram suspensas nas salas de aula e educação física”, afirma.

Nos Estados Unidos, a educação híbrida ganhou ainda mais suporte dos professores e alunos. Assim como no Brasil, as aulas presenciais foram suspensas e muitas escolas migraram para plataformas on-line. Em algumas regiões os alunos já retornaram às escolas e as aulas virtuais ao vivo são usadas para a realização de atividades mais lúdicas.

Um novo encontro está sendo organizado para meados de setembro, com o objetivo de entender quais serão os impactos da educação digital e se os novos protocolos de segurança estão funcionando. A professora espera reunir ainda mais docentes neste novo evento.