Iniciativa tem como objetivo a discussão de importantes temas como sustentabilidade, diversidade e Equidade nessas organizações. Evento também será marcado pelo lançamento da pesquisa sobre a mulher negra no mercado de trabalho brasileiro
Para promover o conhecimento sobre este tema fundamental que é a equidade racial, não apenas para as empresas comprometidas com a diversidade, mas especialmente para garantir a sustentabilidade econômica do mercado a médio e longo prazo, a Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial promove, entre os dias 29 e 30 de novembro, a I Conferência Empresarial ESG racial, com o tema “Um pacto pela Equidade”.
Presencial, o evento deve reunir mais de mil lideranças das mais diversas empresas e instituições do País, de vários segmentos, entre CEOS, C’LEVEL’S e demais executivos, para discutir sustentabilidade, diversidade e Equidade nessas organizações. Carla Crippa, VP Corporate Affairs and Positive Impact AMBEV, Gilson Finkelsztain, CEO B3, José Berenguer, CEO XP SA, Patrick Hruby, CEO da MOVILE, Rachel Maia, CEO RM Consulting, e Vania Neves, CTO Vale, são presenças já confirmadas na Conferência.
Adriana Alves, Vice Presidente de Diversidade BNP Pariba, Carlo Pereira, CEO Pacto Global – ONU, David Hodge, Consulado Geral dos Estados Unidos e Monica Marcondes, Executive IB – Banco Santander, são outros dos grandes nomes que estarão no congresso.
Sob apresentação da atriz e influenciadora digital Isabel Fillardis, a Conferência contará com a palestra magna da Pedagoga e Mestra em Gestão Social, Benilda Brito, e 11 painéis divididos por blocos temáticos, nos quais os palestrantes discutirão experiências e oferecerão conhecimentos atualizados sobre o protocolo ESG Racial e sua aplicação. Além de trazer uma ampla reflexão sobre os impactos do racismo no Brasil e as soluções para dissolução dessas estruturas culturais, sociais e econômicas.
A pauta irá abordar temas e nichos estratégicos relacionados ao assunto, como, por exemplo, investimento social privado, a importância da implementação da agenda social, fortalecimento dos indicadores na métrica dos investimentos sociais privados e de ESG no País, fortalecimento das ações afirmativas, interseccionalidade de gênero e empregabilidade da mulher negra no Brasil. Também contemplará boas práticas de empresas que já estão na vanguarda em relação a implementação dessas pautas, o papel dos investidores institucionais na cobrança e no estímulo, para que as empresas adotem essas práticas mais comprometidas com a sociedade e o combate ao racismo estrutural com o auxílio dessas empresas.
“A Conferência Empresarial ESG faz parte da estratégia do Pacto de oferecer atividades formativas, por meio do Protocolo ESG Racial. Acontece estrategicamente no mês da Consciência Negra, com o intuito de contribuir com o letramento das companhias. Estamos muito ansioso para reunir profissionais tão importantes para discutidos desafios e possíveis soluções para as questões raciais e as relativas as minorias. Venha dividir conosco este momento tão importante para o mercado e participe desta transformação em direção a um futuro melhor para todos”, convida o Diretor Executivo do Pacto Gilberto Costa, que fará a abertura e o encerramento do evento.
Na visão do executivo, o protocolo ESG Racial não é apenas uma ferramenta de promoção da diversidade e inclusão, mas um importante propulsor de transformação social no Brasil, por meio da educação qualificada. Com suas métricas exclusivas, diretrizes e ações afirmativas, o protocolo propõe caminhos efetivos para ampliar a capacitação da população negra, gerando riqueza de perspectivas e oportunidades, fomentando o desenvolvimento de novos talentos e promovendo justiça social.
“O Pacto de Promoção da Equidade Racial é um divisor de águas, um projeto disruptivo do ponto de vista da busca pela equidade racial, capaz de impactar positivamente nossa sociedade, por meio da da junção dos pilares Sociedade Civil, Empresas e Investidores. Trazer para dentro da agenda ESG ações voltadas para igualdade racial mudará, de forma estrutural e estratégica, o cenário de desigualdade enfrentado pelos profissionais negros na sociedade brasileira e impactará positivamente e de forma definitiva as próximas gerações”, afirma Costa.
Veja a progração completa no site do evento: http://pactopelaequidaderacial.org.br/conferencia/
PESQUISA – A MULHER NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO
Outro gande destaque do evento também será o lançamento da pesquisa “A mulher negra no mercado de trabalho brasileiro: desigualdades salariais, representatividade e educação entre 2010 e 2022”, levantamento que analisou a participação dessa parcela da sociedade no mercado de trabalho nos últimos doze anos. O estudo comprova que existe de fato existe uma diferença negativa no posicionamento da mulher negra no mercado de trabalho brasileiro, tanto em termos de alocação, quanto em termos salariais e esta desigualdade pode ser encontrada no mercado formal e informal. Para estabelecer um parâmetro de comparação para a análise, foram examinados quatro subgrupos demográficos: mulheres negras, homens negros, mulheres brancas e homens brancos.
Considerando os eixos sexo e cor da pele, verificou-se que as mulheres negras têm salários médios inferiores aos de homens negros e brancos, e de mulheres brancas no mercado nacional. Por outro lado, verifica se que em 2022 a mulher negra tem um gap de rendimento médio menor em relação ao homem negro, do que a mulher branca acerca do homem branco. Analisando a ótica regional, é possível perceber que a mulher negra recebe 71% do rendimento médio de uma mulher branca no Nordeste. No Sudeste a diferença é de 62%.
Para ampliar o estudo, também foram observadas as taxas de participação e empregabilidade da mulher negra no mercado de trabalho formal e informal. Foi constatado que mulheres negras possuem a menor taxa de participação no mercado de trabalho e, ainda, uma sub-representação no mercado informal e em ocupações domésticas. “No entanto, a participação da mulher negra no mercado formal de trabalho tem aumentado nos últimos anos. A título de comparação, o número de mulheres negras com carteira assinada em relação ao de homens brancos avançou cerca de 20 pontos percentuais entre 2010 e 2020, por exemplo”, explica.
A pesquisa da evolução da mulher negra no mercado de trabalho brasileiro, foi realizada com base no Índice ESG de Equidade Racial (IEER), que leva em conta a desigualdade salarial, com objetivo de aprofundar a discussão. Para estudos futuros, pretende-se incluir anos de escolaridade da população negra e branca e ampliar o recorte regional para outros países, além de aumentar a literatura utilizada.
Link de acesso a pesquisa completa:
https://docs.google.com/document/d/1zd4ecDNtfa2kBAu06eNW1awUmgAjwq8wUToOpeKAlG0/edit#
SERVIÇO
Confira a programação:
DIA 29 DE NOVEMBRO
Abertura da Conferência – Gilberto Costa, Diretor Executivo do Pacto e Professor Edison Simoni, Reitor da FECAP
PAINÉIS:
Bloco – ESG Racial – Manhã
1- Palestra Magna
2- ESG Racial no Brasil sob a ótica dos CEOs
3- Inovação e Indicadores ESG – O Desafio de Mensurar a Equidade Racial
Bloco – Agentes da Transformação Social – Tarde
3- Proposições de Combate ao Racismo Estrutural
4-Organizações Sociais e o mercado Corporativo em uma Agenda de Transformação Racial
5- Diversidade e Inclusão: Compromisso com a Sustentabilidade
DIA 30 DE NOVEMBRO
Bloco – Fortalecimento da Promoção da Equidade Racial – Manhã
1- Pacto de Promoção da Equidade Racial
2- Investimento Social Privado em Equidade Racial
3- O Papel da Filantropia na Transformação Racial
Bloco – Representatividade Negra e Comprometimento Corporativo – Tarde
4- Educação Antirracista- 10 anos de Cotas
5- Governança Corporativa Comprometida com a Equidade Racial
6- Lideranças Negras e Espaços de Poder
Encerramento da Conferência – Gilberto Costa, Diretor Executivo do Pacto
ATIVIDADE CULTURAL – SAMBA DAS MOÇAS
O que: 1º Conferência Empresarial de ESG Racial
Quando: 29 e 30 de novembro, das 9:20 às 18 horas
Onde: Teatro da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Av. da Liberdade, 532 – Liberdade, São Paulo – SP.
Quanto: Os ingressos podem ser adquiridos de forma gratuita no site do evento.
Realização: Pacto de Promoção da Equidade Racial
Sobre a Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial
A Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial é uma iniciativa inovadora que chegou para revolucionar a forma que as empresas, investidores institucionais e a sociedade civil podem contribuir para equacionar o problema da equidade racial no Brasil, daqui para frente. É a junção de empresas, movimentos sociais e representantes da sociedade civil, no esforço coletivo para reduzir as desigualdades sociais e raciais no Brasil, por meio do protocolo ESG.
A proposta do Pacto é implementar um protocolo ESG racial para o Brasil e promover sua adoção por empresas e investidores institucionais, contemplando ações que estimulem uma maior equidade racial. Também objetiva incentivar e fortalecer a adoção de ações afirmativas, a melhoria da qualidade da educação pública e a formação de profissionais negros.
Para viabilizar essas ações, o projeto se utiliza de dados quantitativos, como, por exemplo, o número de profissionais negros existentes nas empresas, e em que posições eles atuam. E para obter números precisos, que realmente condizem com a realidade, o Pacto criou o Índice ESG de Equidade Racial (IEER), que mede o desequilíbrio racial dentro das companhias, utilizando reconhecidas instituições, tais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e a como fonte de informação.
Renomados economistas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), da Universidade de São Paulo (USP) e do Banco Mundial criaram um algoritmo capaz de mensurar o desequilíbrio racial das organizações, considerando os salários médios das ocupações e a distribuição racial na região – seja por cidade e/ou estado em que a empresa opera.
As companhias que aderem ao Pacto têm acesso a metodologia de medição e recebem o selo oficial do projeto. Ou seja, são reconhecidas como organizações comprometidas com a equidade racial. Além disso, trabalham com diretrizes, orientações e acompanhamento propostos pelo projeto, gerando uma pontuação para cada iniciativa, investimentos em equidade racial e ainda tem a possibilidade de elevar a sua pontuação no IEER, que serve como medidor para as organizações.