Conheça os passos fundamentais para estabelecer uma comunicação efetiva com o seu público
André Geniselli, Sócio-Diretor de Conteúdo e Marketing Digital
O sentido era outro, eu sei, mas aposto que quando Fernando Pessoa disse que “navegar é preciso”, ele certamente não fazia ideia do quão exato isso poderia ser. Afinal, o que seria de nós, hoje, sem a navegação nessa info-maré, não é?
Basta navegar por aí, no caso, para descobrirmos novas histórias, ouvir as bandas que jamais ouviríamos sem a ajuda da Santa Web, espalhar nosso textão e muito mais – além de comprar, vender e até nos apaixonar por meio da web.
Ou seja: graças a revolução digital, hoje está bem mais fácil ter um milhão de amigos. Bem diferente dos tempos em que o Roberto Carlos pedia amizades à esmo e que qualquer novidade precisava de muita sorte, boca a boca e comunicação de massa para chegar até seu alcance.
Por outro lado, com tanta coisa acontecendo, a nossa atenção se transformou em um ativo cobiçadíssimo e quase impossível de se capturar – ao menos sem os estímulos certos, claro. E uma vez perdido, convenhamos, está bem mais difícil chamar (novamente) a atenção. Duvida? Então, responda: quantas vezes você já voltou seu feed só para rever se nada ficou para trás?
Sendo assim, a questão que fica é: como estabelecer uma comunicação efetiva? Para responder isso, é preciso entender e seguir quatro passos fundamentais – o que chamo aqui de os 4Cs da Comunicação 4.0. Olha só:
O primeiro C é o Conhecer. Esse C bem que poderia ser de “Contexto” ou “Conhecimento”, mas, em se tratando de uma relação humana, prefiro pensar que é “conhecer” mesmo.
Por exemplo: não sei se você já encontrou o amor de sua vida. Se não, quero dizer que torço para que isso aconteça contigo. Em todo caso, ao menos, é bem possível que alguém (ou algo) já apareceu como um potencial candidato a dono do seu coração. E o que você fez quando isso aconteceu? Certamente, tentou descobrir tudo que essa pessoa gosta ou odeia, e como se aproximar dela.
O mesmo acontece quando estamos falando da área corporativa. As empresas devem começar seus planos de comunicação justamente em conhecer os clientes. Em uma era orientada e voltada à humanização, é imprescindível estudar o que as pessoas querem e o que elas imaginam para o mundo. Antes de ser consumidoras, elas são parte do mundo.
O “conhecer”, porém, deve ser dividido em duas partes: a) conhecer os outros, indo a fundo no contexto de seus anseios, problemas e valores; b) conhecer a si mesmo. As empresas, hoje, têm um desafio muito grande de entender quais são seus propósitos, metas e desejos. É fundamental compreender a personalidade da marca e, com isso, descobrir a cara e alma de quem são os candidatos a serem amados. Faz sentido?
Depois de conhecer tudo sobre seu “amado”, qual é o passo seguinte? Convidar para sair, um bate-papo? Bom, hoje está mais fácil fazer isso, com as redes sociais e afins. E esse, aqui, é o segundo C.
Mas calma: antes de sair falando tudo sobre sua empresa, seu produto, seu foco… vale destacar que Comunicação significa justamente “partilhar”, “tornar comum”. A comunicação é, antes de tudo, uma ferramenta de integração, que necessita de uma troca mútua e desenvolvimento. Ela exige a transmissão de uma mensagem entre um emissor e um receptor.
Sendo assim, caminhamos para nosso terceiro C, o de Colaboração. Afinal de contas, uma conversa, hoje, precisa ser um espaço aberto para a cocriação e pensamento. Em outras palavras, só faz sentido criar uma comunicação orientada às pessoas se elas tiverem voz para participar e oportunidades para influenciar o processo.
Isso significa permitir que ideias e demandas interajam de verdade, criando produtos, serviços e mensagens realmente efetivas para todos.
É aqui que você cria conteúdos relevantes para atender as expectativas e necessidades do público. É a hora de juntar as pontas e gerar a tal da Conexão, em uma rede capaz de ir e voltar com constância, consistência e valor. O quarto C, portanto, é um mix de Conteúdo e Cumplicidade.
Isso porque é o conteúdo é o que liga as pessoas, e gera significado à existência de qualquer um de nós. Ele mostra o que sua empresa oferece e como ela pode ser útil para resolver uma demanda que seu público (a pessoa) tem. Assim, temos um ciclo que permite alimentar a conversa, ampliar a colaboração e otimizar a conexão, fazendo com que seus consumidores (e sua empresa) se conheçam cada vez melhor.
Não há fórmula de bolo e tampouco podemos dizer que há processos uniformes, que precisam ser seguidos por todo. Cada caso é um caso. Como sempre dizemos na Planin Comunicação, a comunicação é um organismo vivo, evoluindo conosco. Temos de partir desse princípio para contribuir hoje.
Seja como for, porém, a única coisa certa é que a relevância e a assertividade não são mais valores opcionais – não temos mais a chance de jogar para cima e rezar. É hora de chamar para uma boa conversa e mostrar como nós, de fato, podemos ajudar. Porque você pode até dizer que tem mais de um milhão de amigos, mas de nada adianta tê-los se você não souber mostrar sua amizade e cultivar algo mais.
Quer saber mais sobre estes e outros assuntos relativos à comunicação e como melhorar os resultados de sua companhias por meio dela? Entre em contato com a Planin Comunicação pelo e-mail [email protected] e consulte nossos especialistas.
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