Por Angélica Consiglio, CEO da Planin Comunicação
Foi emocionante ver uma menina de 13 anos dar um show mundial com seu skate. Rayssa Leal foi sensacional e ganhou uma importante medalha para o Brasil durante as Olimpíadas de Tóquio (#Tokio2020).
Depois de ver a ‘fadinha’ brilhando, parei para refletir sobre os pontos positivos dessa nova geração, que costuma ser amplamente criticada por todos. Os jogos mostram que temos, sim, jovens muito talentosos e determinados, capazes de mudar o rumo do planeta. Vejam se concordam:
– ESG – Os jovens estão mais antenados do que nunca em relação a questões sociais, ambientais e de governança. As cobranças são tão intensas que o mercado teve que rapidamente responder com novas políticas de ESG em prol desses temas. As marcas que não se adaptarem terão sérios problemas e correm, inclusive, o risco de desaparecerem do mercado.
– Inovação – Empresas tradicionais, que tinham liderança absoluta em seus segmentos, estão começando a perder espaço. Novas marcas surgem a cada dia com ideias inovadoras, tendo o ambiente digital como a base dos negócios.
– Startups – Com grande parte da força de trabalho brasileira atuando no formato Home-Office, grandes companhias e startups foram niveladas e colocadas para dividirem o mesmo ringue, com acesso a recursos e sistemas muitos semelhantes. Com isso, o gap diminuiu e novos competidores surgiram no radar. O ritmo de trabalho acelerou, a competição aumentou e provavelmente não voltaremos para o patamar que tínhamos antes da Covid-19.
Nesse novo ambiente, repleto de desafios, os executivos estão diante de um precipício antes de chegarem do outro lado. Há uma ponte de passagem, mas poucos sabem como usá-la. A única saída é a adaptação. Quem não sabia usar um sistema, teve que aprender. Quem não sabia usar e-mail, teve que aprender. Quem não sabia fazer lives e criar salas de reunião virtuais, teve que aprender.
Diante de tantas provas de fogo, executivos C-Level estão tendo que retomar as rédeas do trabalho para aprenderem a nova dinâmica e para reposicionarem seus nomes em destaque em suas empresas e no mercado. Aquela visão antiga de que comunicação era tema restrito das áreas de marketing já não existe mais (felizmente) e os profissionais de sucesso estão, sim, procurando consultoria especializada e apoio para dominarem novas técnicas de comunicação, para se relacionarem com a Imprensa (Media Training) e com o público em geral por meio de canais digitais e palestras. Sem essa atualização, não chegarão do outro lado da ponte.
Não importa a idade ou até mesmo experiência. Na vida, todo mundo cai. Errar é humano e faz parte de nossa jornada de amadurecimento. A diferença é que nas competições olímpicas os erros são penalizados e acompanhados por bilhões de pessoas. Mas, mesmo sabendo dos riscos, os atletas são preparados diariamente para tentar novas manobras e para assumir riscos, mesmo diante da chance de perder pontos. Quanto mais treino, melhores os resultados e, consequentemente, as possibilidades para ganhar uma medalha. Isso vale também para o ambiente empresarial: executivos mais bem preparados atingem o topo antes dos demais.
O movimento de mudança já começou. Líderes que não se comunicam estão ficando de fora das quadras e sendo trocados, aos poucos, por outros profissionais abertos a novos caminhos e preocupados com ESG, inovação e com a rapidez das startups. São executivos sedentos de conhecimento, coragem e disposição para novas experiências. Eles sabem que o futuro só será brilhante se for construído por um trabalho em equipe, a exemplo do que vemos nas Olimpíadas. A diferença é que nas quadras temos os músculos dos atletas e nas empresas o diferencial está nos líderes que se comunicam bem, que engajam equipes e movimentam as companhias para novas conquistas.
A pandemia nos mostrou que a habilidade de comunicação é fundamental para a sobrevivência e, também, para o sucesso dos negócios. Imagino que todos concordam que superar a Covid-19 e brilhar após a pandemia será determinante para quem busca sucesso na carreira e bons resultados nas empresas. Estou certa de que as oportunidades existem para todos e quem souber absorver conhecimento e novas técnicas de comunicação certamente terá maior destaque no mercado. Então fica a pergunta: se uma menina de 13 anos consegue, por que ainda existem executivos e conselheiros que são reticentes a novos aprendizados?
Fico feliz em ter a @planincomunicacao ajudando muitos executivos em suas jornadas de crescimento. No que depender de nós, vamos transformar o mundo com a ajuda da comunicação!
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