Melhorar a visibilidade da cadeia de suprimentos será o principal projeto de Supply Chain das empresas em 2011

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Estudo da Capgemini Consulting aponta, também, que os executivos desta área se preocupam com a volatilidade das demandas 

Um estudo que analisa o mercado de supply chain em 2011 foi lançado recentemente pela Capgemini Consulting, braço de consultoria de estratégia e transformação do Grupo Capgemini, ao qual pertence a CPM Braxis Capgemini. A pesquisa identificou que a volatilidade das demandas é a grande preocupação dos executivos e que os projetos para melhorar a visibilidade da cadeia de suprimento serão prioritários para maioria dos entrevistados.

Para elaborar o material, a empresa consultou as principais companhias de diferentes setores em toda a Europa, Estados Unidos e Canadá, Ásia-Pacífico e, inclusive, da América Latina, sobre os desafios para a realização de iniciativas da cadeia de suprimentos. O resultado fornece insights sobre como superá-los.

Apesar das perspectivas econômicas gerais destes primeiros meses de 2011 serem positivas, um número significativo dos entrevistados apontou que não tem certeza sobre o volume de demandas para o ano. O estudo revela que o principal direcionador de negócio para os executivos será operar a cadeia de fornecimento em um ambiente extremamente volátil. Esta foi a opinião de 40% dos participantes. Em seguida, com 35%, aparece o aumento do custo de materiais e serviços, que terá grande influência nas decições das empresas.

Realizar esse duplo desafio significa melhorar o controle das cadeias de fornecimento interna e externa. Consequentemente, quando os entrevistados foram convidados a nomear os seus principais projetos previstos para 2011, melhorar a visibilidade da cadeia de abastecimento foi classificado na primeira posição para 45% deles. Por visibilidade entende-se saber onde os produtos e os inventários estão, sendo capaz de monitorar o andamento do  pedido e de antecipar eventos não planejados, como transporte atrasado ou quantidades em não-conformidade no processo de produção de intermediários.

Redesenho dos processos de negócios (44%), inovação dos negócios (41%) e melhorar a previsão e o planejamento das demandas em longo prazo (41%) também aparecem com destaque na lista.

Outra conclusão apresentada pelo relatório é que a sustentabilidade permanece na lista de direcionadores de negócio (33%), mantendo-se como uma das prioridades para os executivos de supply chain. Além disso, a crise econômica perdeu relevância em 2011, sendo listada na última posição, com apenas 8%.

No Brasil – Com grande experência neste mercado, a CPM Braxis Capgemini, maior empresa de serviços de TI de origem brasileira, destacou alguns pontos importantes sobre o assunto no País.

Aqui, a cadeia de suprimentos sofre com diversos problemas de infraestrutura, seja qual for a forma de transporte escolhida: aéreo, aquático ou rodoviário. “A produção brasileira segue em constante crescimento e já deu claros indícios que continuará assim nos próximos anos”, analisa o Chief Sales Officer (CSO) da CPM Braxis Capgemini, Paulo Marcelo. Contudo, a capacidade da infraestrutura de transporte atingiu seu limite, com estradas em condições ruins, portos sem capacidade para atender à demanda, insuficiência nos aeroportos etc. “Isso é um gargalo na economia nacional”, projeta o executivo.

O principal meio de transporte de cargas no Brasil é o rodoviário. É, ao mesmo tempo, um dos que mais sofrem com essa questão da infraestrutura, seja com estradas sem condições de rodagem, com assaltos ou com o trânsito. Além de provocar uma lentidão no transporte, estes problemas fazem com que o processo se torne ainda mais caro: aumentam custos com seguros, com frete e, consequentemente, os produtos se tornam mais caros tanto para as empresas e quanto para os usuários finais.

Segundo o governo, até 2014, há previsões de investimento de mais de R$ 104,5 bilhões em transportes por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Rodovias e ferrovias serão os maiores beneficiados, com investimentos de R$ 48,4 bilhões e R$ 43,9 bilhões, respectivamente.

Outro ponto relevante é que, no Brasil, as cadeias de suprimento ainda não têm um bom nível de maturidade e parte dos fornecedores não pensa em conjunto. “Há grandes empresas que sofrem muito com a falta de padronização de códigos de barra, por exemplo. Os materiais chegam de diversos fornecedores e cada um com um padrão diferente de código”, afirma o vice-presidente. Isso pode representar grandes problemas com custos e com lentidão para confeccionar o produto final. Uma exceção, neste caso, é a indústria automobilística, cuja cadeia de suprimentos tem um nível de maturidade maior que as outras.

Para mais detalhes sobre o estudo, acesse: http://www.capgemini.com/insights-and-resources/by-publication/the-2011-global-supply-chain-agenda/