Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), há ocorrência de 12 milhões de novos casos de sífilis no mundo a cada ano. No Brasil, a estimativa é de que ocorram 900 mil casos de sífilis por ano. Com a proximidade do Dia Nacional de Combate à Sífilis, comemorado no terceiro sábado do mês de outubro, o Grupo BIOFAST, uma das principais redes de laboratórios de análises clínicas do País, alerta sobre a importância do diagnóstico preventivo da doença.
A sífilis é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. Também pode ser transmitida da mãe para o feto, por contato direto com sangue contaminado ou transfusão de sangue.
Exames de sangue podem detectar substâncias produzidas pela bactéria responsável pela sífilis. O teste mais utilizado é o VDRL (sigla de Venereal Disease Research Laboratory), além desse, outros exames podem ser realizados, como o RPR (Reagina Plasmática Rápida) e o FTA-ABS (Antígenos Treponêmicos).
“O diagnóstico precoce é muito importante para a rápida iniciação do tratamento, pois a sífilis pode comprometer o sistema nervoso central e vários órgãos, como olhos, pele, ossos, coração, cérebro, além de provocar complicações em mulheres gestantes, como aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer”, alerta Dr. Francisco Tavares, médico e responsável técnico do Grupo BIOFAST.
Assim que detectada a doença, o tratamento deve ser acompanhado com análises laboratoriais para avaliar a evolução do quadro clínico e estendido aos parceiros sexuais, para que se evite uma nova infecção do paciente. O combate à sífilis é feito com antibióticos, especialmente penicilina.
Os sintomas da sífilis são pequenas feridas nos órgãos genitais e caroços nas virilhas, que aparecem de 7 a 20 dias após a relação sexual desprotegida com alguém infectado. As feridas e ínguas não doem, não coçam, não ardem, não têm pus e desaparecem espontaneamente sem deixar cicatrizes, no entanto, a ausência de tratamento resulta no desenvolvimento de estágios mais severos da doença, como manchas pelo corpo, principalmente nas mãos e pés, queda de cabelos, lesões na pele e nos ossos, cegueira, paralisia, comprometimento do sistema nervoso central, doença cerebral e problemas cardíacos.
“Destacamos que o uso de preservativo em todas as relações sexuais é muito importante, uma das maneiras mais seguras de prevenir a doença, e o correto acompanhamento durante a gravidez para que nem a mãe e o bebê corram riscos”, recomenda Tavares.