Gartner identifica tendências que impactarão a adoção de Nuvem em 2020

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À medida que a Computação em Nuvem aumenta, os executivos de TI deveriam estar atentos a quatro aspectos de Cloud Computing que afetarão a adoção desses serviços

 

A Computação em Nuvem está amplamente estabelecida como o “novo normal” da TI corporativa, afirma o Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas. Em todos os setores, a Nuvem continua sendo um dos segmentos com maior crescimento de investimentos. Com gastos maiores, no entanto, existe uma maior responsabilidade dos executivos de TI (CIOs) de investirem seus orçamentos com sabedoria, uma vez que o impacto também será maior se algo der errado.

“Os CIOs que pretendem preparar suas organizações para prosperar nos próximos momentos de mudança deveriam adotar uma abordagem diferenciada para a Computação em Nuvem”, afirma Gregor Petri, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “Será essencial que os CIOs desenvolvam uma estratégia formal que ajude a colocar decisões individuais sobre Cloud no contexto dos objetivos estratégicos da empresa”.

Na nova era Cloud, a otimização de custos será crucial. As estratégias de Multicloud garantirão a independência de fornecedores e evitarão riscos de concentração. A presença de competências internas em Nuvem serão um indicador essencial da agilidade das empresas, incluindo sua capacidade de distribuir serviços de Nuvem em locais onde os clientes desejam consumi-los, localmente ou em Edge Computing.

O Gartner antecipa quatro fatores que impactarão a adoção de Nuvem em 2020 e as etapas que os CIOs podem seguir para prosperar em ambientes Cloud:

A otimização de custos impulsionará a adoção da Nuvem – Até 2024, quase todas as aplicações herdadas migradas para a infraestrutura de Nuvem pública como serviço (IaaS) exigirão otimização para se tornarem mais econômicos. Os fornecedores de Nuvem continuarão a fortalecer seus recursos de otimização nativos para ajudar as organizações a selecionar a arquitetura mais econômica capaz de oferecer o desempenho necessário. O mercado de ferramentas de otimização de custos crescerá, principalmente em ambientes Multicloud. Esses sistemas terão seu valor concentrado em análises de alta qualidade que podem maximizar as economias sem comprometer o desempenho, proporcionar a independência em relação aos fornecedores de Nuvem e oferecer consistência no gerenciamento de Multicloud.

É recomendável reconhecer a necessidade de otimização como parte integrante dos projetos de migração em Nuvem e desenvolver habilidades e processos desde o início, utilizando ferramentas para analisar dados operacionais e encontrar oportunidades de otimização de custos. É preciso aproveitar o que os fornecedores de Nuvem oferecem nativamente e aprimorar essa oferta com soluções terceirizadas para maximizar a economia.

Multicloud reduzirá a dependência de fornecedores – As estratégias de Multicloud reduzirão a dependência de fornecedores para dois terços das organizações até 2024. No entanto, isso ocorrerá de maneiras diferentes da portabilidade de aplicações. Portabilidade de aplicações é a capacidade de migrar uma aplicação entre plataformas sem mudanças, e é vista como um benefício de uma estratégia Multicloud. A realidade das práticas de negócios, no entanto, é que poucas aplicações são movidas depois de implementadas na produção e adotadas nos negócios. A maioria das estratégias Multicloud está mais focada em compras, funcionalidade e mitigação de riscos do que em portabilidade. Os CIOs que pretendem adotar uma estratégia Multicloud deveriam determinar os problemas específicos que desejam resolver, como reduzir a dependência de fornecedores ou mitigar os riscos de interrupção de serviços. É preciso entender que uma estratégia Multicloud não resolverá automaticamente a portabilidade de aplicações.

Competências insuficientes de IaaS para Nuvem atrasarão as migrações – Até 2022, as competências insuficientes de IaaS em Nuvem atrasarão metade das migrações das organizações de TI corporativa para a Nuvem em dois anos ou mais. As estratégias atuais de migração tendem mais à “reorganização” do que a modernização ou refatoração. No entanto, projetos de reorganização não desenvolvem competências nativas em Nuvem. Isso cria um mercado no qual os fornecedores de serviços não podem treinar e certificar profissionais com rapidez suficiente para satisfazer a necessidade de pessoas com qualificação em Nuvem.

Enquanto as empresas de consultoria lutam para encontrar um nicho de pessoas talentosas com habilidades em Nuvem relevantes, os clientes estão aquém dos objetivos de adoção de nuvem. Os integradores de sistemas são os substitutos, porém geralmente não têm a confiança dos clientes, uma vez que muitos integradores ainda estão aprendendo a dimensionar suas operações a fim de atender a demanda.

Para superar os desafios dessa escassez de mão de obra, as empresas que desejam migrar cargas de trabalho para a Nuvem deveriam trabalhar com fornecedores de serviços e integradores de sistemas que tenham um histórico comprovado de migrações bem-sucedidas. Esses parceiros também devem estar dispostos a quantificar e se comprometer com os custos esperados e com as possíveis economias.

A Nuvem distribuída oferecerá suporte à disponibilidade expandida de serviços – Até 2023, os principais fornecedores de serviços em Nuvem terão uma presença distribuída do tipo ATM para atender um subconjunto de ofertas para requisitos de aplicações de baixa latência. Muitos fornecedores de serviços em Nuvem já estão investindo em maneiras de disponibilizar seus serviços de acordo com a proximidade de acesso dos usuários.

Essa tendência continuará à medida que aumenta a pulverização de regiões cobertas por esses fornecedores de serviços armazenados em Nuvem. Os “micro Data Centers” estarão localizados em áreas onde uma grande quantidade de usuários se reúne, enquanto os pontos de serviço em Nuvem “pop-up” sustentarão requisitos temporários como eventos esportivos e shows.

Os equipamentos que apoiam um subconjunto apropriado de serviços em Nuvem pública serão armazenados em locais próximos o suficiente para suportar os requisitos de baixa latência das aplicações que os utilizam. Isso permitirá que aplicações com esses requisitos sejam executadas diretamente a partir dos serviços nativos dos fornecedores de Nuvem sem precisar que uma infraestrutura seja construída. A introdução e a disseminação de pontos de serviço em Nuvem do tipo ATM podem ser pensadas como uma implementação específica de Edge Computing, que continuar a crescer rapidamente.

Com o início da nova década, os CIOs deveriam estar atentos sobre como essas tendências influenciarão seus planos de adoção e migração para a Nuvem nos próximos anos, tomando medidas agora para preparar sua infraestrutura de TI para o futuro.

Pesquisas adicionais sobre o tema serão apresentadas durante a Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações & Estratégias de Cloud, que acontece nos dias 14 e 15 de abril, em São Paulo. No evento, analistas brasileiros e internacionais vão apresentar conexões vitais entre tecnologias, gestão e cultura com um foco especial na liderança de cada função de Infraestrutura e Operações (I&O). Participantes poderão interagir com mais de 1.000 profissionais, visionários e líderes de TI.

Até 13 de março, as inscrições para a Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações & Estratégias de Cloud estão com desconto de R$ 575,00. Há preços diferenciados para profissionais do setor público e descontos para grupos. Interessados devem contatar o Gartner pelo e-mail [email protected], pelos telefones (11) 5632-5968 e 0800 006 3028, ou pelo site https://www.gartner.com/pt-br/conferences/la/infrastructure-operations-cloud-brazil.