Gartner identifica as 10 Principais Tendências Tecnológicas Estratégicas para 2017

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Analistas apresentam as principais tendências da indústria no simpósio do Gartner/ITxpo 2016

O Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia, destaca as principais tendências tecnológicas que serão estratégicas para a maioria das empresas em 2017. Os analistas do Gartner estão apresentando suas análises durante o Simpósio do Gartner/Expo TI, que acontece até a quinta-feira, 27 de outubro.
O Gartner define como uma tendência tecnológica estratégica a que tenha um potencial disruptivo importante e que apenas está começando a sair de um estado emergente para um impacto e um uso maiores ou que sejam tendências de rápido crescimento, com um alto grau de volatilidade, alcançando pontos cruciais nos próximos cinco anos.
“As 10 principais tendências tecnológicas estratégicas do Gartner para 2017 preparam o cenário para a Malha Digital Inteligente”, afirma David Cearley, vice-presidente e membro do Gartner. “As primeiras três incluem a ‘Inteligência em Todas as Partes’, como as tecnologias e abordagens científicas de dados estão evoluindo para incluírem o aprendizado avançado das máquinas e a inteligência artificial, permitindo a criação de inteligentes sistemas físicos e baseados em software que estão programados para aprenderem e se adaptarem. As próximas três tendências focam o mundo digital e na forma como os mundos físico e digital estão se tornando mais interligados. As últimas quatro tendências se focam na malha das plataformas e dos serviços necessários para entregar a malha digital inteligente.”
As 10 principais tendências tecnológicas estratégicas para 2017 são:
AI e Aprendizagem Avançada da MáquinaInteligência Artificial (AI) e Machine Learning (ML) estão compostos por muitas tecnologias e técnicas (ex.: aprendizado profundo, redes neurais, processamento de linguagem natural [NLP]). As técnicas avançadas cada vez mais ultrapassam os algoritmos tradicionais baseados em regras para criarem sistemas que entendam, aprendam, prevejam, adaptem e, possivelmente, operem de forma autônoma. Isso é o que faz as máquinas inteligentes parecerem “inteligentes”.
“A AI aplicada e a aprendizagem avançada da máquina fazem surgir um espectro de implementações inteligentes, incluindo dispositivos físicos (robôs, veículos autônomos, eletrônicos para o consumidor) assim como aplicativos e serviços (assistentes pessoais virtuais [VPAs], Smart Advisors)”, afirma Cearley. “Essas implementações serão entregues como sendo uma nova classe de aplicativos e coisas obviamente inteligentes assim como entregarão uma inteligência incorporada para uma ampla variedade de dispositivos de malha e soluções existentes de software e serviços.”
Aplicativos Inteligentes – Os aplicativos inteligentes como os VPAs realizam algumas das funções que um assistente humano faria todos os dias tornar-se mais fácil (priorizar e-mails, por exemplo), e seus usuários mais eficazes (destacando o conteúdo e as interações mais importantes). Outros aplicativos inteligentes como os assistentes virtuais do cliente (VCAs) são mais especializados para realizar tarefas em áreas como vendas e serviço ao cliente. Como tais, estes aplicativos têm o potencial de transformar a natureza do trabalho e a estrutura do local de trabalho.
“Nos próximos 10 anos, cada aplicativo virtual, aplicativo e serviço vai incorporar algum nível de AI”, afirma Cearley. “Isso formará uma tendência de longo prazo que irá se desenvolver continuamente e aumentar o número de aplicativos de AI e a aprendizagem de máquinas para aplicativos e serviços.”
Coisas Inteligentes – As coisas inteligentes se referem às coisas físicas que vão além da execução de modelos de programação rígidos para explorarem a AI aplicada e a aprendizagem de máquinas para comportamentos mais sofisticados e interação com mais naturalidade no ambiente que os cerca e com as pessoas. Enquanto coisas inteligentes, como drones, veículos autônomos e aparelhos inteligentes, permeiam o ambiente, o Gartner antecipa uma mudança das coisas inteligentes autônomas para um modelo colaborativo da inteligência das coisas.
Realidade Virtual e Aumentada – As tecnologias absorventes, como a realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR), transformam a forma como os indivíduos interagem uns com os outros e com os sistemas de software. “O cenário do consumidor imersivo e do conteúdo comercial e dos aplicativos irá evoluir dramaticamente ao longo de 2021”, afirma Cearley. “As capacidades da VR e da AR irão se unir à malha digital para formarem um sistema mais contínuo de aparelhos capazes de orquestrar um fluxo de informação que vem ao usuário com aplicativos e serviços hiper personalizados e relevantes. A integração da Internet das Coisas (IoT) móvel e prática e os ambientes ricos em sensores irão estender os aplicativos imersivos além das experiências isoladas e únicas. Os dormitórios e os espaços se tornarão ativos com coisas, e sua conexão por meio da malha irá aparecer e trabalhar em conjunto com os mundos virtuais imersivos.”
Gêmeo Digital – Um gêmeo digital é um modelo dinâmico de software de uma coisa física ou sistema que se encontra em dados de sensores para entender o seu estado, responde a mudanças, melhora as operações e agrega valor. Os gêmeos digitais incluem uma combinação de metadados (por exemplo: classificação, composição e estrutura), condições ou estado (por exemplo: local e temperatura), dados sobre o evento (por exemplo: série cronológica) e a análise (por exemplo: algoritmos e regras).
Dentro de três a cinco anos, centenas de milhões de coisas irão ser representadas por gêmeos digitais. As empresas irão usar gêmeos digitais para reparar, de forma proativa, e planejar o serviço do equipamento, para planejar os processos de fabricação, operar fábricas, prever a falha de equipamentos ou aumentar a eficiência operacional, e realizar um desenvolvimento melhor de produtos. Como tal, os gêmeos digitais irão eventualmente se tornar representantes da combinação entre indivíduos qualificados e aparelhos e controles de monitoramento tradicionais (por exemplo: medidores de pressão, válvulas de pressão).
Blockchain e Registros Distribuídos – Blockchain é um tipo de registro distribuído no qual as transações de troca de valores (em Bitcoin ou outras moedas) são sequencialmente agrupadas em blocos. Cada bloco está preso ao bloco anterior e registrado numa rede peer-to-peer, usando um truste criptográfico e mecanismos de segurança. Os conceitos de Blockchain e registros distribuídos estão ganhando força, pois prometem transformar os modelos operacionais da indústria. Enquanto que o uso mais frequente se encontra na indústria de serviços financeiros, existem muitos possíveis aplicativos incluindo a distribuição de músicas, verificação de identidade, registro de títulos e cadeia de fornecimento. “Os registros distribuídos são potencialmente transformativos, porém, a maior parte das iniciativas ainda está na fase de testes alfa ou beta”, afirma Cearley.
Sistemas Conversacionais – O foco atual para interfaces conversacionais está voltado para chatbots e para aparelhos habilitados por microfones (ex.: alto-falantes, smartphones, tablets, PCs, automóveis). No entanto, a malha digital abrange um conjunto cada vez maior de pontos que as pessoas usam para acessar aplicativos e informações, ou interage com pessoas, comunidades sociais, governos e negócios. A malha de aparelhos se move além do desktop tradicional e dos dispositivos móveis para abranger a ampla variedade de pontos de contato com os quais os humanos possam interagir. A medida que a malha do dispositivo se desenvolve, os modelos de conexão irão se expandindo e surgirá uma maior interação cooperativa entre os dispositivos, criando a base para uma nova experiência digital contínua e real.
Aplicativo de Malha e Arquitetura de Serviços – No aplicativo de malha e na arquitetura de serviços (MASA), os aplicativos móveis, os aplicativos para a web, os aplicativos para desktop e os aplicativos para a IoT se conectam a uma malha ampla de serviços de retaguarda para criarem o que os usuários enxergam como um “aplicativo”. A arquitetura encapsula os serviços e expõe APIs em vários níveis e ao longo das barreiras organizacionais, equilibrando a demanda por agilidade e aumento de serviços com uma composição e reuso de serviços. A MASA permite que os usuários tenham uma solução otimizada para os endpoints alvo na malha digital (ex.: desktop, smartphones, carros) assim como uma experiência contínua a medida que eles transitam nesses diferentes canais.
Plataformas de Tecnologia Digital – As plataformas digitais de tecnologia fornecem os alicerces básicos para um negócio digital e são um facilitador importante para a criação de um negócio digital. O Gartner identificou os cinco pontos principais que permitem as novas capacidades e os modelos comerciais do negócio digital — sistemas de informação, experiência do cliente, análise e inteligência, a IoT e os ecossistemas comerciais. Cada empresa terá uma mescla dessas cinco plataformas de tecnologia digital. As plataformas fornecem os alicerces básicos para um negócio digital e são um facilitador importante para a criação de um negócio digital.
Arquitetura de Segurança Adaptável – A malha inteligente digital e as plataformas de tecnologia digitais inteligentes relacionadas e as arquiteturas do aplicativo criam um mundo cada vez mais complexo para a segurança. “As tecnologias estabelecidas de segurança devem ser usadas como base para a segurança das plataformas da Internet das Coisas”, afirma Cearley. “O usuário do monitoramento e o comportamento da entidade são uma adição crítica particularmente necessária nos cenários da IoT. No entanto, a vantagem da IoT é ter uma nova fronteira para muitos profissionais de segurança em TI criando novas áreas de vulnerabilidade e, normalmente, requerendo novas ferramentas e processos de correção que devem ser levados em conta nos esforços da plataforma da IoT”.