Gartner afirma que, até 2020, mais de 50% dos novos negócios terão envolvimento com Internet das Coisas

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Analistas revelam cinco implicações inesperadas decorrentes da Internet das Coisas

 O Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, afirma que mais da metade dos principais processos e sistemas de novos negócios irá incorporar algum elemento de Internet das Coisas (IoT) até 2020. O impacto da Internet das Coisas na vida dos consumidores e nos modelos de negócios das empresas está aumentando rapidamente, enquanto o custo para “instrumentar” coisas físicas com sensores e conectá-las a outras coisas (dispositivos, sistemas e pessoas) continua a cair.

“Os usos da Internet das Coisas, que antes eram impraticáveis, estão se tornando cada vez mais viáveis. A IoT é relevante em praticamente todos os setores. Embora não haja aplicação voltada unicamente à Internet das Coisas, muitas utilizarão a IoT em algum aspecto, pequeno ou grande, de seu funcionamento. Como resultado, analistas de negócios e desenvolvedores de processos de informação centrada precisam ter o conhecimento e as ferramentas para implementar aspectos da IoT em seus sistemas”, afirma W. Roy Schulte, Vice-Presidente e Analista do Gartner. O Gartner destaca três previsões para a Internet das Coisas:

Até 2018, 75% dos projetos de Internet das Coisas irão demorar o dobro do tempo planejado.

O Gartner prevê que três em cada quatro projetos de Internet das Coisas enfrentem extensões de até 100% em seus cronogramas, com consequentes custos excedentes. Quanto mais intenso e complicado for o projeto, maiores serão os atrasos no cronograma. Para alguns projetos, compromissos serão feitos para mantê-los dentro do prazo, levando a deficiências significativas no desempenho, na segurança ou na integração com os processos existentes. Por isso, em médio e longo prazo, será necessário que o projeto de Internet das Coisas seja reformulado, e talvez até mesmo refeito e reimplantado.

“Organizações centradas no produto serão as mais afetadas”, diz Alfonso Velosa, Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner. “Elas tentarão lançar produtos conectados mais inteligentes, embora isso muitas vezes venha a ser uma abordagem reativa e tática de competição no mercado. Mesmo as organizações que realizam projetos centrados internamente, e que podem se concentrar na redução de custos, terão problemas com as pessoas. A maioria dessas questões vai centrar-se na introdução de um novo modelo de tecnologia. Será complicado por serem modelos de negócios emergentes que requerem processo e mudança cultural. Controlar ambos levará a projetos fora do prazo estipulado pelo cronograma.”

 Em 2020, existirá um mercado negro superior a 5 bilhões de dólares, o qual venderá sensores falsos e dados de vídeos para auxiliar atividades criminosas e proteger a privacidade das pessoas.

A natureza das soluções da Internet das Coisas, como elas são implantadas e os tipos de dados que elas geram e consomem estão dando origem a novas implicações de segurança e privacidade, as quais devem começar a ser abordadas pelas empresas. Para as organizações, esse é um dos riscos de crescer rapidamente, trazendo complexidades desconhecidas para a maioria dos líderes de TI e negócios.

“A Internet das Coisas tem um enorme potencial para coletar continuamente dados sobre nossos ambientes”, diz Ted Friedman, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “A integridade desses dados será importante na tomada de decisões pessoais e de negócios, de diagnósticos médicos a proteção do meio ambiente, de comandos para modificar ações de máquinas a identificação e autorização de acesso físico. Um mercado negro de sensores e dados de vídeos falsificados ou corrompidos significa que os dados podem ser comprometidos ou substituídos por dados imprecisos ou deliberadamente manipulados. Esse cenário irá estimular o aumento de produtos e serviços de privacidade, resultando em uma ampla discussão pública sobre o futuro e os meios para proteger a privacidade individual, bem como o papel da tecnologia e do governo na proteção da privacidade.”

Em 2020, o compromisso com a segurança da Internet das Coisas aumentará os custos de segurança dos orçamentos anuais para 20%, comparado com menos de 1% em 2015.

Com o aumento do uso de dispositivos da Internet das Coisas, os requisitos exclusivos de arquitetura, design e implementação da IoT em vários segmentos da indústria também irão crescer. Como resultado, o Gartner prevê que o orçamento médio de segurança para TI, tecnologia operacional e de requisitos de segurança da IoT será proporcional ao crescimento de dispositivos da IoT em todos os cenários e segmentos de negócios, passando de menos de 1% dos orçamentos de segurança anuais em 2015 para 20% em 2020.

“Os principais fornecedores de segurança cibernética e prestadores de serviços já estão entregando roteiros e arquitetura de segurança da Internet das Coisas, em antecipação ao mercado”, diz Earl Perkins, Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner. “As pequenas startups entregam segurança da IoT em áreas como segmentação de rede, autenticação de dispositivo para dispositivo e criptografia de dados simples, oferecendo produtos e serviços de primeira geração, incluindo soluções baseadas em Nuvem, quando aplicável. Grandes fornecedores de segurança já começaram a adquirir algumas dessas startups para apoiar seus primeiros roteiros e satisfazer nichos de mercado.”

 Sobre o Gartner           

O Gartner, Inc. (NYSE: IT) é líder mundial no fornecimento de pesquisas e aconselhamento na área de tecnologia da informação. Fornece análises de TI para seus clientes fazerem as escolhas certas todos os dias. De CIOs e diretores de TI em corporações e agências governamentais a líderes em empresas de alta tecnologia e telecomunicações, passando por investidores deste mercado, o Gartner é parceiro indispensável para cerca de 10.000 diferentes companhias. Por meio do Gartner Research, Gartner Executive Programs, Gartner Consulting e Gartner Events, trabalha com cada cliente para pesquisar, analisar e interpretar o negócio de TI dentro do contexto de seu papel individual. Fundado em 1979, o Gartner tem sede em Stamford (Connecticut – EUA) e possui mais de 7.600 associados, sendo mais de 1.100 analistas de pesquisa e consultores, e clientes em 90 países. No Brasil, o Gartner está presente com as unidades Gartner Research, que oferece pesquisas e aconselhamento para profissionais, fornecedores e investidores de TI; Executive Programs, com grupo de CIOs alimentado pelo conteúdo Gartner com cerca de 3 mil membros em todo o mundo; e Eventos, com conferências e Symposium. Para obter mais informações, visite www.gartner.com.