Especialista recomenda tratamento diferenciado para gagueira na terceira idade

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a população brasileira é de aproximadamente 191 milhões de pessoas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), a incidência da gagueira é de 5%, isto é, cerca de 10 milhões de brasileiros estão passando por um período de gagueira neste momento. A prevalência da gagueira é de 1%, ou seja, em média 2 milhões de brasileiros gaguejam há muitos anos de forma crônica, entre idosos, adultos e crianças.

Ainda de acordo com o IBF, a gagueira consiste na dificuldade do cérebro de gerar comandos para sinalizar o término de um som ou uma sílaba no tempo previsto e se manifesta externamente como bloqueios, prolongamentos e/ou repetições de sons e sílabas. Dessa forma, a pessoa consegue iniciar a palavra, mas fica “presa” em algum som ou sílaba até que o cérebro consiga gerar o comando necessário para dar prosseguimento ao restante da palavra.

“A gagueira é um distúrbio em que acontecem quebras ou rupturas involuntárias no fluxo da fala. Ela é caracterizada por repetições de sons, sílabas, palavras, prolongamentos, bloqueios e pausas. A pessoa que gagueja sabe exatamente o que quer dizer, mas tem dificuldade na automatização e na temporalização dos movimentos da fala”, afirma Sabrina Möller Martinho, fonoaudióloga do Grupo Microsom, uma das mais conceituadas empresas de soluções auditivas do Brasil.

         É muito importante que a pessoa idosa com gagueira não se intimide e deixe de expressar o que pensa e sente. “Alguns artifícios auxiliam a diminuir o impacto da gagueira, como usar interjeições, substituir palavras que geralmente tenha dificuldade, falar de forma mais pausada, principalmente, levar a sério o tratamento”, recomenda a especialista. Vale destacar que comparecer às sessões de fonoterapia é imprescindível para o progresso e melhora do paciente.

A especialista ainda esclarece que a gagueira não está relacionada à inteligência do indivíduo e também não é contagiosa. “A pessoa com gagueira não possui nenhum problema na boca ou na língua, nem dificuldade para elaborar o raciocínio. É uma disfunção no cérebro que torna difícil a percepção de quando começa e de quando termina um som”, ressalta.

         Por isso, pensando no bem-estar das pessoas que gaguejam, o Grupo Microsom trouxe com exclusividade ao Brasil o SpeechEasy – um pequeno e discreto aparelho utilizado na região interna da orelha. “O SpeechEasy simula o ‘efeito coro’, fenômeno natural que ocorre quando uma pessoa que gagueja fala ou lê ao mesmo tempo em que outra pessoa. De acordo com pesquisas da área, o ‘efeito coro’ reduz a gagueira” na maioria dos pacientes, afirma a fonoaudióloga.

O produto favorece a fluência da fala em situações cotidianas, promovendo melhor qualidade de vida ao usuário. No entanto, o equipamento não cura e sim auxilia no tratamento da gagueira. A utilização pode ser realizada por idosos, no entanto, é necessário verificar se o paciente tem algum problema auditivo, uma vez que o SpeechEasy é utilizado em uma das orelhas. Com relação ao público idoso, alguns outros pontos devem ser levados em consideração, bem como alguns cuidados necessários, motivo pelo qual é importante a realização de alguns testes e avaliar a utilização do aparelho para prosseguir com o tratamento mais adequado.