Conexão segura: como evitar riscos na era da Internet das Coisas

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Por Guilherme Araújo, Diretor de Serviços da Blockbit

Ao longo de nossa história, a relação homem-máquina sempre foi um tema fascinante. Não por acaso, os robôs fazem parte do imaginário global desde os tempos mais remotos da humanidade – da mitologia grega, com o gigante de bronze Talos, aos mais avançados assistentes virtuais disponíveis hoje. Mas essa história também é marcada por mistérios e dúvidas. É esse o caso, por exemplo, do avanço cada vez mais evidente da Internet das Coisas (IoT).

A expansão da comunicação entre máquinas, com a Inteligência Artificial e os conceitos de Machine Learning assumindo papel central no avanço das inovações, será bastante frutífera para a vida das pessoas, seja dentro de casa ou nas linhas de produção e nos escritórios. Por outro lado, as companhias também precisam saber que esse avanço nas conexões pode ser a origem de novas ameaças e problemas.

Justamente por esse motivo a cibersegurança é tão importante para a evolução real da Internet das Coisas. Afinal de contas, além de ajudarem no dia a dia, os dispositivos ultraconectados também serão potenciais caminhos para o vazamento ou roubo de dados – ou para ataques virtuais ainda mais perigosos. Proteger as infraestruturas e conexões, desse modo, é algo mandatório para quem quiser alcançar os melhores resultados nesta nova era.

Hoje, quase um terço das redes corporativas e dos dispositivos móveis estão completamente expostos às ameaças virtuais – e esse é, sem dúvida, um cenário que precisa mudar com urgência para se evitar ataques digitais e seus inconvenientes. Segundo pesquisas globais, aproximadamente 25% dos ataques virtuais no futuro acontecerão a partir de projetos e elementos de IoT (sobretudo industriais).

Vale destacar que a adoção de IoT é um caminho inevitável para as organizações de todos os portes e segmentos. Estudos indicam que deveremos terminar este ano com mais de 30 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo – o que representa um crescimento de quase 20% em relação a 2019. É um número expressivo, mas ainda distante dos mais de 75 bilhões de endpoints esperados para 2025.

Analisando esses números é fácil entender porque a Internet das Coisas é um mercado que deve atrair a atenção das operações como um campo de oportunidades e desafios para o futuro – e porque a segurança terá um peso vital para o sucesso dessas iniciativas. O objetivo é mitigar as ameaças e brechas para permitir que as respostas fornecidas pelos ambientes de IoT, de fato, ajudem a gerar resultados superiores.

A interação máquina-máquina é, portanto, o futuro – e exige um ambiente em que a cibersegurança seja prioridade. As empresas deveriam começar agora a se preparar para essa realidade, entendendo as ameaças e desafios que estão por trás da evolução promovida pela Internet das Coisas. Extrair o máximo de valor da tecnologia não dependerá apenas de parques repletos de sensores e equipamentos inteligentes. Também será fundamental pensar em como proteger as operações, evitando que informações sigilosas sejam perdidas durante os processos.

A cibersegurança deve ser encarada como um fator cultural, com ações que começam na capacitação dos funcionários, definição de senhas mais fortes, aplicação de processos mais adequados e, paralelamente, uso de ferramentas mais modernas e avançadas para o gerenciamento das conexões de Internet utilizadas em toda a empresa.

Aplicar medidas de segurança adequadas é uma iniciativa crucial para o sucesso da Internet das Coisas em qualquer companhia do mundo atual, em especial para as pequenas e médias. Criar uma cultura corporativa orientada à segurança permitirá que essas organizações ampliem suas camadas de proteção para prevenir e combater as possíveis vulnerabilidades da operação. Com a tecnologia evoluindo rapidamente, é imprescindível contar com o apoio dos colaboradores e, simultaneamente, implementar soluções avançadas e preparadas para proteger a integridade de seus dados.

Ao adotar uma atitude alinhada às demandas de proteção, com apoio de fornecedores de soluções de cibersegurança atentos ao futuro, os líderes de negócios terão a oportunidade de aprimorar a eficiência de suas operações. A inteligência não depende apenas de dados captados por sensores. É necessário tomar as decisões corretas, antecipando-se e investindo em controle e segurança, para obter resultados muito melhores nos negócios. As empresas que souberem entender essa realidade estarão muito à frente dos concorrentes. E você, o que está esperando?