Brasil tem 66.497 leitos de UTI e metade estão concentrados na região sudeste

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Na região norte do país, desde o início da pandemia houve um acréscimo de 83% na capacidade, para atender a demanda de pacientes que desenvolveram a COVID-19 de forma grave

Um levantamento realizado pela Bright Cities, startup GovTech brasileira que utiliza tecnologia exclusiva para oferecer diagnósticos e mapeamento de soluções para tornar a gestão pública mais eficiente e integrada, identificou informações sobre o número de leitos de UTI disponíveis no País. Com o avanço da pandemia no Brasil, o estado de São Paulo se enquadrará na fase vermelha determinada pelo Governo Estadual a partir do próximo sábado, dia 6 de março. O objetivo do levantamento foi identificar quais as regiões mais ampliaram a oferta de leitos de UTI para atender a demanda causada pela COVID-19, bem como destacar quais regiões precisam de mais atenção das autoridades públicas para o desenvolvimento de medidas mais eficazes.

O estudo foi realizado na primeira semana de março e se refere ao período de fevereiro de 2020 (início da pandemia) até janeiro de 2021. “Para realizar esta pesquisa, a plataforma Bright Cities utilizou dados sobre leitos de UTI, para tratamento de adultos ou para fins pediátricos alocados por município, bem como a população total residente. Foram utilizadas informações de duas fontes distintas ligadas ao Governo Federal: IBGE e DATASUS”, afirma a CEO e fundadora da Bright Cities, Raquel Cardamone.

O Governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB) anunciou na tarde de ontem, 03 de março, a ampliação de 500 novos leitos, sendo 339 de UTI e 161 de enfermagem. Segundo as fontes oficiais de dados e fontes analisadas, em janeiro de 2021 somente no município de São Paulo havia 1.816 leitos de UTI e cerca de 8,58% são específicos para o tratamento da COVID-19. Mas a realidade é diferente para outros municípios espalhados pelo Brasil, que em sua maioria não contam com a estrutura de unidade de terapia intensiva para pacientes que possam precisar de atendimento para o tratamento da doença.

No norte do País, o número total de leitos destinados para este fim, é de 1.317, concentrados em sua maioria nas capitais Manaus (AM), Belém (PA) e Porto Velho (RO). A região também conta com a menor estrutura hospitalar pública e privada, com a maioria dos municípios sem nenhum leito para o tratamento da síndrome respiratória aguda grave, causada pelo novo coronavírus.

“Nós sabemos o quanto o momento é difícil, mas é possível usar análise de dados a nosso favor para auxiliar na sugestão de caminhos e assim minimizar problemas complexos como este. Esse é o propósito da nossa plataforma, oferecer uma curadoria de dados para contribuir com a tomada de decisões assertiva dos gestores públicos que atuam em prol da sociedade”, finaliza Raquel.