Biblioteca Comunitária de Agudos recebe Menção Honrosa no 7º Prêmio Ecofuturo de Bibliotecas

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Com um projeto de trabalho contínuo e completo, voltado à formação de leitores, a biblioteca foi reconhecida como referência para a rede do Instituto

 

O Ecofuturo, organização mantida pela Suzano Papel e Celulose, anuncia os vencedores do 7º Prêmio Ecofuturo de Bibliotecas, premiação que reconhece os trabalhos de promoção de leitura literária realizados pelas equipes das mais de 100 bibliotecas da rede do Instituto. A Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Maria Olívia Otero Artioli”, localizada no município de Agudos, em São Paulo, ganhou a Menção Honrosa na edição deste ano.

Vencedora da última edição do prêmio, em 2015, o trabalho realizado desta vez pela equipe da biblioteca foi destacado como referência às demais, pois procurou durante o ano todo estimular o público infantil a se familiarizar com a leitura e ainda preparou as crianças para se tornarem “multiplicadoras” dessa prática. “Não basta só gostar de ler, tem que ter constância, e esse hábito a gente constrói a cada dia. Pensando nisso, planejamos atingir o público das escolas próximas à biblioteca e preparar as crianças para serem também promotores de leitura”, diz Sônia Serafim Rebuá, promotora de leitura da Biblioteca Comunitária Ecofuturo de Agudos.

O projeto desenvolvido em 2017, “Semeando palavras, cultivando leitores”, contribuiu para a construção de um comportamento leitor e familiaridade com obras literárias desde a primeira infância, tornando as crianças frequentadoras do espaço. A ideia de transformar pequenos em grandes leitores (e promotores) surgiu a partir da visita à Biblioteca Monteiro Lobato, em São Paulo, realizada como parte do prêmio da 6ª edição. Além disso, todas as ações programadas cumpriram a proposta da edição deste ano: a valorização dos ambientes naturais, o potencial educador desses espaços e as relações das pessoas com a natureza.

A programação da biblioteca incluiu atividades de leitura ao ar livre envolvendo diversos gêneros textuais, em praças ou em espaços verdes da escola, brincadeiras representando a flora e fauna e plantio de sementes. Outro destaque foi a ação “Mala Viajante”, que levou a leitura a escolas e creches da região. As crianças se envolveram com a iniciativa, passando a frequentar a biblioteca posteriormente, e se tornaram “promotoras de leitura”: além das crianças mais velhas terem aprendido a ler para as mais novas, elas puderam também ler para os idosos do Abrigo Vicentino de Agudos. Os bebês também foram contemplados, sendo utilizados livros brinquedos, feitos de pano e cartonado para uma primeira experiência sensorial de leitura.

“Realizar o projeto foi uma experiência incrível, pois o contato com a natureza fez com que descobríssemos outras formas de ler e também que buscássemos conhecer mais sobre o tema. Por meio das leituras pudemos colocar as crianças em conexão com a natureza, o que é mais difícil hoje em dia, e sentir o quanto esse contato é importante e como elas gostaram”, conta Sônia. Ao total, 5.620 pessoas participaram do projeto, atingido um público diverso, indo de bebês até a terceira idade.

O prêmio

Os projetos finalistas foram avaliados por um júri composto pela equipe do Ecofuturo e por especialistas das áreas de educação, educação ambiental, literatura e biblioteconomia. Além do tema principal, também foram considerados cinco critérios: apresentação do planejamento anual de atividades literárias, seleção do acervo utilizado, articulação com diversos públicos, divulgação das atividades e atendimento diversificado.

A Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Profº Antônio Bernardes Neto”, em Uberaba (MG), conquistou o primeiro lugar com o projeto “Ciranda de leitura: da folha do livro à folha de árvore”, que contou com rodas de leitura e contação de histórias para idosos e pessoas com deficiência, além de diversas outras atividades. Já a Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Nelson Mandela”, em Bauru (SP), ficou com a segunda colocação com “A natureza que liberta”, projeto desenvolvido com educandos da Penitenciária II de Bauru, onde a unidade está instalada, e que envolveu livros e promoção de leitura sobre fauna, flora e biologia. O terceiro lugar foi para a Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Profª Dilza Flores Albrecht”, em São Leopoldo (RS), que explorou como tema a etnia indígena e a natureza por meio do projeto “Lendo e convivendo”.

A primeira colocada receberá um acervo complementar com 100 títulos novos de literatura, enquanto a segunda e a terceira receberão, respectivamente, 80 e 60 obras. As bibliotecas serão certificadas e dois representantes de cada uma delas, inclusive as funcionárias de Agudos, virão a São Paulo, onde participarão de uma programação especial. O roteiro inclui visita ao Parque das Neblinas, reserva da Suzano gerida pelo Ecofuturo, presença como ouvintes no painel do Instituto durante a 25ª Bienal Internacional do Livro e visita a bibliotecas de referência na Capital. O objetivo é proporcionar aos participantes momentos de contato com a natureza, assim como troca de conhecimentos e boas práticas.

Criado em 2009 pelo Ecofuturo, o prêmio acontece agora bienalmente e é promovido apenas para as bibliotecas da rede. São mais de 100 Bibliotecas Comunitárias Ecofuturo implantadas por 12 estados brasileiros, frutos dessa iniciativa que mobiliza poder público, iniciativa privada e comunidades. O Instituto também é responsável por outra ação relevante para a valorização da prática de leitura, com a articulação para instituir 12 de outubro como o Dia Nacional da Leitura.

 

Sobre o projeto Biblioteca Comunitária Ecofuturo

A conquista de competências de leitura e escrita é a base para a educação de qualidade e o desenvolvimento da consciência crítica. Com essa visão, o projeto Biblioteca Comunitária Ecofuturo tem como objetivo contribuir para a implantação e qualificação de políticas públicas de leitura e de biblioteca, para a democratização do acesso ao livro e para a efetivação da lei 12.244/10, a qual determina que, até 2020, todas as instituições de ensino do País, públicas e privadas, deverão ter bibliotecas. Em parceria com o poder público, iniciativa privada e comunidade local, o Ecofuturo trabalha na implantação de bibliotecas em escolas públicas, abertas à comunidade, e no incentivo à leitura. Alguns destaques:

  • 110 bibliotecas implantadas em 12 Estados.
  • Média de 6 mil atendimentos por ano em cada unidade.
  • Quatro mil pessoas formadas nos cursos de Auxiliar de Biblioteca e Promotor de Leitura.
  • Realização de oficinas de gestão e sustentabilidade com representantes do poder público.

Sobre o Instituto Ecofuturo

O Instituto Ecofuturo, mantido pela Suzano Papel e Celulose, contribui para transformar a sociedade por meio da conservação ambiental e promoção da leitura. Desde 1999, mantém projetos relacionados ao fortalecimento da prática de leitura, universalização de bibliotecas e conservação do Meio Ambiente, atuando como articulador entre sociedade civil, poder público e o setor privado. Por acreditar que pessoas e o meio são indissociáveis, o Instituto Ecofuturo apoia a formação de cidadãos críticos e responsáveis, capazes de interagir positivamente entre si e com o ambiente, transformando o presente e o futuro para melhor. Para mais informações, visite ecofuturo.org.br ou acesse o perfil no Facebook.