Aspectos apresentados pelo Grupo Microsom mostram uma diminuição na idade para aquisição do primeiro aparelho auditivo

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Nos últimos anos, alguns estudos realizados no exterior, sobre perda auditiva, apresentaram uma tendência à diminuição da idade para aquisição do primeiro aparelho auditivo. Estudos brasileiros e americanos apontam que a idade média para adquirir o primeiro equipamento era 69 anos. Atualmente pesquisas apresentam uma nova faixa etária para início do uso de aparelho auditivo: entre 61 e 63 anos.
Segundo a fonoaudióloga do Grupo Microsom, Patricia de Rissio, observações clínicas mostram que as pessoas estão vencendo o preconceito e se conscientizando cada vez mais cedo dos benefícios do uso de aparelhos auditivos. Além disso, os avanços tecnológicos dos aparelhos auditivos da Unitron Connect propiciam àqueles que possuem algum tipo de dificuldade auditiva, uma gama maior de possibilidades de escolha no âmbito da potência, conforto e estética.
Uma das mudanças significativas que favorece essa tendência é o avanço no diagnóstico precoce ou inicial da deficiência auditiva, além do monitoramento da saúde auditiva por conta de diversas necessidades atuais. Esse monitoramento pode acontecer por meio dos exames auditivos periódicos, admissionais ou demissionais em empresas.
Alguns estudos apresentaram, ainda, que fatores como exposição do ouvido a ruídos intensos, uso indiscriminado de medicamentos, tensão diária e algumas doenças como as relacionadas ao sistema auditivo, por exemplo as otites, podem provocar a perda da sensibilidade auditiva, reduzindo a área de audição. “É comum ouvirmos queixas do tipo ’escuto, mas não entendo’, o que acontece, principalmente, em ambientes ruidosos. Nota-se que sons fortes causam incômodo, além de sensação de zumbido no ouvido e dificuldade de perceber sons mais agudos. Todos estes sinais e relatos podem ser alguns dos sintomas da perda de audição”, explica a fonoaudióloga.
Um dos fatores que podem colaborar para a perda da audição é a utilização de dispositivos eletrônicos, como MP3, celulares e outros semelhantes, que oferecem mais comodidade à população, mas podem desencadear problemas auditivos se usados de forma inadequada. A potência desses dispositivos portáteis pode chegar a 120 decibéis, a mesma potência da turbina de um avião na decolagem.
Segundo o Grupo de Estudo de Zumbido do Hospital das Clínicas de São Paulo, quase 35% dos casos de pacientes com problemas auditivos estão realcionados à exposição prolongada a sons lesivos, como dos dispositivos portáteis. “O uso prolongado dos fones de ouvido em alto volume pode causar sérios danos, até a ocorrência de uma perda auditiva que poderá evoluir a um grau severo. Por isso, é muito importante que as pessoas fiquem atentas a qualquer variação na sensibilidade auditiva”, afirma Patricia.
Ambientes de trabalhos ruidosos também podem prejudicar a audição, como obras, fábricas, metalúrgicas e até mesmo as empresas de call center – onde muitas vezes o funcionário estende seu período de trabalho, que não pode ultrapassar oito horas por dia para não comprometer a audição.
Ter a audição perfeita é muito importante para a qualidade de vida e deve ser motivo de cuidado e atenção. A perda ou redução da capacidade auditiva pode ocasionar problemas de ordem social, psicológica, estresse, irritação e até perda da autoestima e problemas para dormir. “Qualquer redução na sensibilidade auditiva é considerada perda e a pessoa precisa consultar um fonoaudiólogo para realizar uma avaliação mais detalhada. Além da exposição a ruídos, a idade e a pré-disposição também são fatores que devem ser considerados”, completa a especialista.

Vencendo o preconceito
Por questões estéticas, os fabricantes de soluções auditivas acompanham a evolução tecnológica decorrente do avanço digital dos últimos anos. O objetivo é desenvolver aparelhos menores, mais inteligentes e com design moderno.
Atualmente, além dos micro-retroauriculares, os produtores voltaram a olhar para os aparelhos intra-aurais, na tentativa de tornar seu formato ainda mais atraente e pequeno. Os modelos mais discretos, fabricados nos últimos anos, têm contribuído para atingirem a população mais jovem, além de atrair pacientes que necessitam de pouca amplificação ou pessoas que querem acompanhar todas as tendências tecnológicas deste segmento.
Os recursos tecnológicos, cada vez mais sofisticados e eficazes, também contribuem para a maior satisfação e aceitação do uso das próteses auditivas por usuários cada vez mais jovens. Com base neste cenário, a expectativa é de que, nos próximos anos, a idade média para aquisição do primeiro aparelho auditivo reduza para 60 anos.

Pesquisa de satisfação realizada com usuários de aparelhos auditivos
O audiologista Dr. Sergei Kochkin, PhD – Diretor Executivo do BHI (Better Hearing Institute), considerado um dos experts no assunto sobre o impacto da perda auditiva e a satisfação dos consumidores americanos com relação aos aparelhos auditivos, divulgou, em janeiro deste ano, uma pesquisa sobre o aumento da satisfação do usuário de aparelhos auditivos (Marke Trak VIII). Neste artigo o autor revela aspectos, relacionados à satisfação, analisados nas respostas de 3.174 questionários enviados a usuários de aparelhos auditivos.
A pesquisa apontou dez aspectos, considerados mais importantes para a satisfação dos usuários de aparelhos auditivos: benefício total, nitidez sonora, custo X benefício, som natural, confiabilidade no aparelho auditivo, som fidedigno, uso em ambientes ruidosos, habilidade em ouvir em grupos pequenos, conforto com sons altos, som da própria voz (sensação de oclusão).

Números relacionados à deficiência auditiva
Segundo o Censo 2000 do IBGE, aproximadamente 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total do Brasil, apresentaram algum tipo de incapacidade ou deficiência. Deste total, mais de 5 milhões apresentaram deficiência auditiva, sendo cerca de 3 milhões de homens e quase 2,8 milhões de mulheres. Entre todos os brasileiros com algum grau de deficiência auditiva, um pouco menos de 170 mil se declararam surdos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 42 milhões de pessoas acima de 3 anos de idade são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva, de grau moderado a profundo. Ainda segundo números da OMS (1994) e do Censo 2000, a deficiência auditiva no Brasil ocupa o terceiro lugar entre todas as deficiências do País, representando 16,7% do total da população que tem algum tipo de deficiência.
A presbiacusia, perda auditiva devido à idade, é a principal causa de deficiência auditiva nos idosos, uma incidência de cerca de 30% na população com mais de 65 anos de idade.