Por André Geniselli, Sócio-Diretor de Conteúdo e Marketing Digital na Planin Comunicação

No cinema, alguns filmes acabam se tornando tão conhecidos que viram verdadeiros clássicos da cultura pop global. Esse é o caso do Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final, que está completando 30 anos em 2021.

O segundo filme dessa super trilogia estrelada por Arnold Schwarzenegger é considerado, até hoje, um marco na indústria cinematográfica, principalmente por conta de seus inovadores efeitos especiais – com direito a ciborgues derretendo, explosões impressionantes e cenas de ação que, vejam só, pareciam vindas de um futuro realmente distante (sem spoilers, juro…).

Hoje, três décadas depois, a relação homem-máquina continua mais viva do que nunca. E, ainda bem, muito mais positiva, com a tecnologia inteligente descomplicando cada vez mais a nossa vida.

O que não significa que não estejamos cada vez mais dependentes da Inteligência Artificial e algoritmos para projetarmos nosso amanhã. Ao contrário.

E é aí que precisamos pensar na comunicação em tempos de transformação digital.

Comunicação digital: isso faz sentido?
Por mais paradoxal que seja, tem gente que já acredita que a era das redes sociais será menos humana. Faz sentido, se pensarmos no tanto de máquinas para automatizar a coleta, extração e interpretação que nós vivemos.

Mas não deve (e nem precisa) ser assim.

Assim como no Terminator 2, não há efeito especial algum que sustente a comunicação sem história e sem a interpretação.

Explico.

Apesar de ser, de fato, uma revolução digital no cinema, a trama envolvendo o ciborgue T-800, John e Sarah Connor não seria nada sem seu enredo, sem o entendimento dos dramas vividos (ou imaginados) pelas pessoas, sem a inclusão de mais gente ou pela atuação do futuro governador da Califórnia ou de Linda Hamilton.

Em outras palavras, se a mágica da inovação tecnológica viesse sozinha, você nunca teria ouvido ninguém imitando um ciborgue dizendo I’ll be back. Já ouviu não?

Conteúdo e inovação é o que fazem diferença
Olhando pelo ponto de vista da comunicação corporativa, ter dashboards incríveis e ferramentas de automação de marketing é fundamental, hoje, para fazer a mágica acontecer na área de comunicação. O outro lado da moeda, porém, é que eles não funcionarão sem uma estratégia que consiga entender as exigências do público, as mensagens certas a serem distribuídas e – por que não? – como vender de forma efetiva para seus clientes.

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 A arte de comunicar é complexa e repetir as receitas nem sempre é garantia de sucesso. O próprio Exterminador do Futuro 3 que o diga – além de outros milhares de filmes cheios de efeitos especiais que já desapareceram de nossas memórias.

Quando pensamos em comunicação temos de entender que as conversas estão cada vez mais líquidas e fragmentadas. Não há ideias absolutas e o futuro é nada menos que o próximo segundo.

Afinal de contas, há uma enorme gama de fluxos e canais à disposição do público – e as marcas precisam entender que os diálogos podem começar no Instagram, continuar no TikTok e reiniciar na loja (não necessariamente nessa ordem).

Parece confuso, mas é apenas um indicativo de que a verdade precisa prevalecer. Quando você diz a mesma coisa em todas as mídias, sua chance de errar o discurso é menor. Certo? Então, aproveite a chance para dizer a verdade.

Isso é possível de ser feito com pesquisas, pesquisas e mais pesquisas. Depois, com análises, análises e muitas outras análises. Por fim, fazendo testes, testes e quanto mais testes for possível. A repetição é proposital, pois não há fim, não há informação eterna.

Eu não venho do futuro, mas posso apostar que a capacidade de oferecer conteúdo atraente e serviços adequados ainda é o único modo de se aumentar a chance de sucesso – pelo menos enquanto as máquinas não nos dominarem de vez… 😛

É isso. E hasta la vista, baby!

Foto: O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final. Divulgação