Volta às aulas é período de alerta para crianças com gagueira

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Especialista oferece dicas de como pais e professores podem auxiliar crianças com dificuldades na fluência

A gagueira é caracterizada por repetições de sons, sílabas, palavras, prolongamentos, bloqueios e pausas. A pessoa que gagueja sabe exatamente o que quer dizer, mas tem dificuldade na automatização e na temporalização dos movimentos da fala. Pensando nisso, o Grupo Microsom, uma das mais conceituadas empresas de soluções auditivas do Brasil e única que oferece tecnologia para tratar gagueira, reúne informações para auxiliar pais e professores na identificação e na melhor maneira de lidar com a criança.

Crianças entre dois e quatro anos de idade podem passar por uma fase de gagueira natural, em decorrência da aquisição da linguagem, quando a disfluência costuma ser descoberta, porém, pode haver picos de incidência entre os 7 e 10 anos.

“A criança com gagueira apresenta diversos sintomas, como repetição de palavras ou sílabas mais de três vezes, uso exagerado de interjeições, prolongamento das sílabas e tempo acima do esperado para resgatar uma palavra ou acertar na fluência”, explica Sabrina Möller Martinho fonoaudióloga do Grupo Microsom.

Atualmente, há diversas formas para tratar a disfluência e, caso algum sintoma seja detectado, recomenda-se a consulta com um fonoaudiólogo para avaliação e diagnóstico. A gagueira é um distúrbio de fluência em que acontecem quebras ou rupturas involuntárias no fluxo da fala e que atinge 5% da população mundial, sendo que 1% desse total desenvolve a gagueira de forma crônica, segundo o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF). Em média, 10 milhões de brasileiros passam por um período de gagueira e, aproximadamente, 2 milhões de brasileiros gaguejam há muitos anos, de forma crônica.

Segundo a especialista, expressões corporais também podem sinalizar gagueira, como, por exemplo, bater os pés ou piscar os olhos fortemente enquanto fala. “A condição é involuntária, contínua e requer ajuda para que não se prolongue demasiadamente. Por isso, é importante que os pais e professores falem com o pequeno sem pressa e com pausas frequentes, reduzam o número de perguntas, demonstre interesse em seu discurso e utilizem expressões faciais e linguagem corporal para demonstrarem atenção à criança”, recomenda a fonoaudióloga.

Além disso, é fundamental que as pessoas que fazem parte do cotidiano do pequeno tenham calma, não interfiram, corrijam, critiquem, digam que ele é gago, chamem a sua atenção e façam comparações desnecessárias.

Mesmo estando presente no dia a dia da população, a gagueira é uma deficiência geralmente não levada a sério e associada à zombaria e ao preconceito. Por isso, é importante informar à população que existem tratamentos para o problema, caso algum sintoma seja detectado, recomenda-se que os pais procurem um fonoaudiólogo para avaliação e diagnóstico. Para amenizar a condição, é possível usar o SpeechEasy – único aparelho para o tratamento da gagueira no Brasil – a partir dos 10 anos de idade.

O pequeno e discreto aparelho utilizado na região interna da orelha simula o “efeito coro” – um fenômeno natural e tema de muitas pesquisas há décadas. Ele ocorre quando uma pessoa que gagueja fala ou lê ao mesmo tempo em que outra pessoa, reduzindo a gagueira. A tecnologia aplicada no aparelho possibilita o aumento da fluência em diversas situações. No entanto, é importante ressaltar que o equipamento não é uma cura e sim um auxiliador no tratamento da disfluência.