Sociedade Brasileira de Neurocirurgia alerta sobre traumas na coluna

Share on FacebookTweet about this on TwitterShare on LinkedIn

Prevenção é a principal forma de reduzir o alto índice de acidentes

 A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) alerta a população sobre os traumas na coluna. Composta por 33 vértebras unidas por vários ligamentos com um disco cartilaginoso entre uma e outra, que tem a função de reduzir impacto, a coluna vertebral é a responsável por transmitir os comandos do cérebro para todos os órgãos e músculos do corpo por meio da medula nervosa ou medula espinhal.

“Um trauma na coluna pode provocar a fratura de uma vértebra e, consequentemente, lesões na medula espinhal. Quanto mais intensa for a lesão, mais graves serão os danos causados ao indivíduo”, afirma Dr. Modesto Cerioni, neurocirurgião e presidente da SBN. No Brasil, a causa mais frequente desse trauma são os acidentes de trânsito, incluindo carros, motos, veículos mais leves e atropelamentos. Em seguida, estão os traumas provocados por quedas em lajes, mergulhos em águas rasas e os ferimentos com armas de fogo. Geralmente, as vítimas são jovens e dependem de tratamentos intensivos nem sempre disponíveis e que representam alto custo para o País.

A queda de três ou quatro metros de altura, por exemplo, pode causar danos irreparáveis na coluna. Já o mergulho sem conhecimento da profundidade do local pode fazer o mergulhador bater a cabeça, fragilizando a coluna cervical, uma vez que o peso do corpo faz com que ele afunde rapidamente na água. Por isso, a prevenção é muito importante. Cercar as lajes é uma alternativa para evitar quedas, inclusive de crianças, e certificar-se da profundidade do lugar é fundamental, bastando colocar os pés na água e caminhar alguns minutos pelo rio, lagoa ou piscina.

A SBN mantém o projeto Pense Bem, que incentiva e acredita na prevenção como a principal forma de reduzir o alto índice de acidentes. O Pense Bem engloba apresentação de pesquisas e palestras, além de distribuição de folhetos com casos e depoimentos de vítimas. A ideia de criar o projeto surgiu após a constatação de um alto índice de neurotrauma decorrente de diversos tipos de acidentes do dia a dia, como soltar pipas sobre lajes das casas, subir em árvore sem verificar a segurança dos galhos, mergulhar em rios, cachoeiras, lagos, piscinas e mar sem checar a profundidade, sentar na cadeira inclinada sobre duas pernas, subir escada sem corrimão, colisões no trânsito e outras situações semelhantes. A campanha oferece dicas de como praticar essas atividades em segurança.