Projeto Pense Bem conscientiza população brasileira sobre neurotrauma

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Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), aproximadamente R$ 9 bilhões são destinados anualmente ao atendimento de casos de trauma, o que representa quase um terço de tudo que é investido em saúde pública no Brasil. Segundo a SBN, o índice de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito é de 75%, com idade de 15 a 25 anos, o que faz do Pense Bem um projeto que incentiva a conscientização e acredita na prevenção como a principal forma de reduzir o alto índice de mortalidade e morbidade causadas pelo neurotrauma.

O programa tem como objetivo conscientizar a população a pensar nas suas atitudes antes de executá-las, para não sofrer acidentes e não ter sequelas, principalmente, no cérebro e na medula. Há 20 anos, a SBN mantém o Pense Bem, que engloba apresentação de pesquisas e palestras, distribuição de folhetos com alguns casos e depoimentos de vítimas.

A ideia de criar o projeto surgiu após a constatação de um alto índice de neurotrauma decorrente de diversos tipos de acidentes no dia a dia, como soltar pipas em lages das casas, subir em árvore sem verificar a segurança dos galhos, pular em rios, lagos, piscinas e mar sem identificar a profundidade, sentar na cadeira inclinada sobre duas pernas, subir escada sem corrimão, colisões no trânsito e outras situações semelhantes.

O projeto oferece dicas de como praticar estas atividades sem correr riscos e mantém seu foco nas crianças e jovens. “Não apenas as mortes devem ser contabilizadas quando se trata de acidentes automobilísticos. Em vários casos, a vítima sofre lesões ou traumas que deixam sequelas graves. No caso do neurotrauma, as mais comuns são epilepsias, alterações motoras (paralisias), alterações cognitivas e de comportamento”, afirma o Dr. José Marcus Rotta, neurocirurgião e presidente da SBN.

Outra preocupação dos especialistas da SBN é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame. Existem dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico, ambos são semelhantes, embora o hemorrágico tende a acometer um maior número de pacientes e os mais jovens.

Os principais fatores de risco são: hipertensão arterial, mesmo controlada, diabetes, o colesterol alto, o tabagismo, a idade avançada e a incidência de outros casos na família. Pacientes com esse histórico devem ter acompanhamento médico regular e realizar exames preventivos para que se possa evitar, ou então tratar, nos casos de aneurismas, precocemente as lesões.