Outsourcing em TI precisa ser menos reativo, diz especialista do Gartner

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Com mais de 20 anos de existência, os processos de terceirização de Tecnologia da Informação (TI) sofreram poucas mudanças, passando hoje por um momento em que a ordem da vez para os fornecedores de TI é a oferta de novos modelos operacionais de negócios, usando o outsourcing como uma plataforma e não apenas como uma ferramenta. A análise é de Linda Cohen, vice-presidente e chefe de pesquisa do Gartner Research, que discorreu sobre o tema durante a Conferência Outsourcing América Latina 2010 do Gartner Research.

Linda ressaltou que a nova mentalidade para este mercado é a utilização do modelo “factory”, cujas soluções já são prontas. “É fundamental aprender a nos beneficiar com novos modos de operar em TI”, apontou a especialista durante a Conferência.

Neste contexto, uma postura menos reativa deve ser buscada pelos fornecedores de TI, que tendem a ofertar soluções e serviços obtidos a partir de uma necessidade do mercado, sem a análise prévia dos produtos e serviços demandados. “Os provedores de TI precisam ser mais pró-ativos e menos reativos”, analisou Linda durante o evento.

Ratificando esta visão, Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisa e chairman da Conferência, lembrou que os gestores de TI têm um novo desafio. “Os provedores de TI devem ser os condutores entre demanda e mercado”, afirmou durante o evento do Gartner. Esta postura, de acordo com Dreyfuss, é interessante não apenas por uma questão de inovação, mas porque é um fator estretégico. “Deve ser garantido o equilíbrio dinâmico entre o que o mercado quer e a oferta, o que faz sentido para os negócios”, analisa.

Linda alertou também a necessidade de mudar a estrutura dos acordos de oferta de serviços e soluções de TI, os quais são “muito longos e nada maleáveis”. Além disso, garantir cada vez mais a qualidade e o preço deve ser uma busca incessante dos fornecedores, que para isso, devem controlar de maneira mais efetiva a entrega dos serviços.