Nova geração assume revendas da Confenar

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Com predomínio de gestão familiar, empresas iniciam mudanças de comando com sucesso

O processo de sucessão familiar está em pleno vapor em algumas revendas da Confenar – Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição. “Temos um predomínio de empresas familiares e a profissionalização da gestão já está produzindo cases de sucesso”, afirma o presidente da entidade, Hamilton Picolotti.

Pesquisa da PricewaterHouseCoopers (PwC) aponta que 57% das companhias  familiares no Brasil devem passar para a próxima geração, mas 45% delas não têm um plano de sucessão para altos cargos, comprometendo a continuidade e o seu sucesso futuro.

Para prevenir conflitos e auxiliar para que a transição tenha sucesso, as revendas têm acesso, ao Programa de Sucessores em Revendas Ambev. Bruno Nassif e seu irmão Erick Nassif participaram da capacitação, o que contribuiu para o processo de mudança da Dilasa Distribuidora de Bebidas, de Lagoa Santa, MG. Há seis anos os irmãos compartilham a administração da empresa ainda com supervisão do pai.

A revenda Barreto Noman, de Minas Gerais, utiliza o método de job rotation com os sucessores. Os dois filhos de um dos sócios fundadores, Vinícius e Nadin Faria Barreto Noman, devem adquirir experiência em todas as áreas da empresa e decidir, juntamente com os sócios, em qual área irão atuar.

Para Neto Mitidieri, que representa com seus quatro irmãos a segunda geração na revenda CBB (Comercial Brasileira de Bebidas) no interior do Sergipe, o maior desafio durante o processo de sucessão é separar bem a relação profissional da relação pai e filho, evitando falar de trabalho em ambiente familiar. A divisão de bens é também um ponto delicado, tanto que a revenda CBB e sua filial mais recente CBS, ambas fundadas por Jorge Mitidieri, serão repartidas entre os irmãos.

Outro fato comum entre as empresas que passam pela sucessão é o processo gradativo. É importante entender que não se forma um novo líder em apenas um dia: o desligamento do sucedido deve ser feito aos poucos. No caso da revenda ACB, de Joaçaba (SC), Adilar Blanger treinou os dois filhos, Alexandre e André, oferecendo condições dos sucessores tomarem decisões com monitoramento dele. No entanto, para a ação dar certo é necessário que os pais resistam ao impulso de controlar a geração seguinte.

 “Dificuldades de gestão são comuns na maior parte das empresas, especialmente nas familiares. Porém, quando o processo é feito com tempo e planejamento, a continuidade dos projetos é garantida e os resultados são alcançados”, reitera Picolotti