Mitos e verdades sobre cuidados com a saúde auditiva durante o verão

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O excesso de água do mar e de piscinas pode reduzir a cera no ouvido, uma importante proteção natural

 

Para muitas pessoas, o verão é a estação mais esperada do ano e, sem dúvida, é um período para momentos de descontração. No entanto, os cuidados com a saúde devem continuar, especialmente em relação à proteção da pele durante a exposição ao sol. O consumo de alimentos leves também é uma questão importante, mas há outras regiões do corpo que também necessitam de atenção.

Neste período, é preciso acompanhar também a saúde auditiva, já que são diagnosticados muitos casos de otite, inflamação do ouvido médio – localizado atrás da membrana timpânica. A otite média aguda é uma infecção por bactérias e vírus que provoca inflamação e/ou obstruções. Se não for tratada pode levar à perda total da audição. Costuma ocorrer durante ou logo após gripes, resfriados, infecções na garganta ou respiratórias. “É um tipo de otite comum em crianças, mas pode acometer pessoas de qualquer idade”, afirma Maria do Carmo Branco, fonoaudióloga do Grupo Microsom, uma das mais conceituadas empresas de soluções auditivas do Brasil.

Confira abaixo quais são os mitos e verdades sobre o tema:

Sem tratamento a otite pode levar à perda da audição?
Verdade. A otite é uma infecção na orelha e, se não tratada de maneira adequada pode levar à perda auditiva permanente. Se bem tratada, porém, pode não afetar a saúde auditiva.

O ideal é não secar completamente o ouvido para não tirar a proteção?
Mito. A otite externa, por exemplo, ocorre quando a água da piscina ou do mar, geralmente contaminada, entra no conduto auditivo externo e a região não é devidamente seca, tornando-se o ambiente preferido de fungos e bactérias.

A cera de ouvido serve de proteção para a audição?
Verdade. O contato frequente com a água pode facilitar a remoção da cera que serve de proteção para o canal auditivo. Além disso, o uso inadequado de hastes flexíveis também pode remover ou acumular a cera dentro do canal auditivo. Recomenda-se, portanto, que a orelha seja seca em sua porção externa apenas com a ponta da toalha e, caso prefira usar hastes flexíveis os mesmos devem ser usados apenas na porção externa da orelha e nunca dentro do conduto auditivo.

Os sintomas nas crianças são menos severos que em adultos?
Mito. A infecção é corriqueira durante as férias, principalmente entre as crianças. Os principais sintomas são: dor muito forte, diminuição da audição, febre, falta de apetite e secreção local. Nos casos mais graves, pode ocorrer a ruptura da membrana do tímpano e ser eliminada uma secreção purulenta misturada com sangue.

Algumas atitudes no dia a dia podem prevenir a ocorrência de otites?
Verdade. Enxugar bem o ouvido, principalmente o das crianças, diariamente após o banho e após mergulhos no mar e na piscina, evita casos de otite. É importante também, não utilizar objetos no ouvido, que podem causar lesões.

Só se deve procurar ajuda médica quando a infecção estiver mais grave?
Mito. Quanto antes o problema for detectado melhor para a saúde auditiva do paciente, evitando-se perfurações do tímpano e até mesmo impedindo que o problema tenha consequências irreversíveis.

O exame para diagnóstico da otite é simples?
Verdade. Com a análise do médico otorrinolaringologista por meio de um exame com o otoscópio – equipamento médico utilizado para observar o ouvido – o paciente já pode seguir as prescrições de tratamento, realizado com medicamentos, como antibióticos e analgésicos.

Por ser uma doença corriqueira durante o verão, não é necessário procedimento cirúrgico?
Mito. Em alguns casos, cuja presença de secreção no ouvido médio persiste por mais tempo, um procedimento cirúrgico pode ser necessário. Nesta simples cirurgia, uma pequena abertura no tímpano é feita para retirar a secreção acumulada na região e assim, promover uma ventilação temporária.

Fonte: Maria do Carmo Branco, fonoaudióloga do Grupo Microsom.