Governança de TI é muito mais que um guia de conduta, afirma Gartner

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Gestão deve ter como objetivo o direcionamento dos recursos de TI para iniciativas específicas, alinhado com o planejamento estratégico e a arquitetura corporativa

Em função do crescente dinamismo e imprevisibilidade dos ambientes de negócios, com consequente necessidade de que a TI os apóiem, os responsáveis pelo departamento de tecnologia da informação perceberam que os instrumentos tradicionais de gestão, como processos, estruturas organizacionais e papéis rigidamente estabelecidos, não eram mais adequados. Segundo o Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia e supply chain, após essa percepção, a Governança de TI se tornou um assunto importante entre os executivos da área no Brasil.

“Espera-se um aumento significativo da importância da Governança de TI. Isso quer dizer que haverá cada vez mais disponibilidade de diferentes ferramentas que apóiem os modelos de governança. Significa também que os prestadores de serviço adotarão modelos de governança cada vez mais sofisticados na prestação de serviços”, afirma o vice-presidente de pesquisa do Gartner, Cassio Dreyfuss.

Muito mais que um guia de conduta – Apontada, muitas vezes, como uma simples obediência às regras e estabelecimento de normas, a Governança de TI tem objetivos mais amplos e não se resume a ser apenas um guia de conduta. Há muitas práticas de Governança de TI, ficando entre as mais importantes a designação de papéis nas decisões sobre quem participa, quem tem a última palavra e quem tem direito de veto.

Desta forma, a Governança de TI tem por objetivo, ainda, direcionar os recursos de TI para iniciativas específicas, que visem a alinhar o desenvolvimento tecnológico com os objetivos de negócio. Outros dois elementos também são chave para a melhor gestão da área: o planejamento estratégico e a arquitetura corporativa.

“O planejamento estratégico estabelece como vamos operacionalizar a estratégia para atingir os objetivos pretendidos, a arquitetura estabelece como a TI vai apoiar os processos de negócio ao longo do caminho e a governança estabelece os mecanismos para direcionar os recursos nesse processo”, explica Dreyfuss.

Na prática – Para o analista do Gartner, a Governança de TI pode ser comparada com o ato de dirigir um automóvel. Ela seria o “veículo” que os executivos têm para conduzir os recursos de TI de acordo com o “mapa” da estratégia. As ações de gestão significam “dirigir” este veículo, por meio dos mecanismos de gestão (direção, acelerador, freio, painel de controle, espelho retrovisor, entre outros). A visão da conformidade com as regras, princípios, padrões e leis é complementar. Seria a “estrada” pela qual o veículo deve trafegar, com suas indicações de contra mão, curva perigosa, velocidade máxima.

“Veículo e estrada se complementam. A estrada só existe para que o veículo possa trafegar e o veículo só pode trafegar pela estrada”, analisa Dreyfuss.