Chile aposta no Brasil e fortalece intercâmbio comercial

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Ocupando o 10º lugar no ranking dos países que mais exportam para o Brasil, o Chile tem intensificado a relação comercial com diferentes setores da economia e prevê novos investimentos no mercado nacional nos próximos anos. Não é à toa que o aumento do intercâmbio comercial entre os dois países gerou a expressiva corrente de comércio de US$ 9 bilhões, em 2012. O bom resultado tem impulsionado a oferta de novos produtos chilenos aos consumidores brasileiros.
Na lista de produtos mais exportados, ainda, se mantém em primeiro lugar o cobre e seus derivados, tendo aproximadamente 50% de participação de tudo o que o Brasil importa do Chile. Porém, o que vem chamando a atenção é o crescimento da demanda por produtos oriundos do mar, como é o caso do salmão. Só no ano passado, foram exportados cerca de US$ 320 milhões em negócios voltados a esse setor. Isso representa 7% de toda a troca comercial entre os dois países. Ou seja, cada vez mais, o brasileiro escolhe o salmão chileno para compor os mais variados pratos e o peixe é considerado como essencial e benéfico à saúde da população.
Além dos frutos do mar, as bebidas e os alimentos produzidos no Chile estão ganhando mais espaço na mesa do brasileiro. O vinho chileno faz parte desse grupo. Conhecido pela qualidade e pelo sabor marcante, a bebida já conquistou o gosto popular. Prova disso é que diversos tipos podem ser facilmente encontrados nas prateleiras de supermercados de todo o Brasil. Como resultado, as exportações desse produto somaram US$ 95 milhões em 2012, o que deixa o Chile otimista e com uma expectativa de crescimento maior em 2013.
O azeite chileno também tem se destacado e o consumo do produto no Brasil vem aumentando. Em 2012, o Chile ocupou o 5º lugar como maior exportador do item para o País, movimentando US$ 4,1 milhões. Com as frutas secas e desidratadas, o número também surpreende: no ano passado as compras brasileiras desses produtos registraram um montante de US$ 71,6 milhões, reafirmando a liderança de mercado. E, com trocas comerciais tão intensas e diversificadas, é possível afirmar que o brasileiro confia nos produtos chilenos e está aberto a novidades.
Graças à boa receptividade e à qualidade dos produtos chilenos, o país já é o segundo maior exportador de frutas frescas para o Brasil. Esse segmento foi responsável por movimentar US$ 126 milhões, em 2012. O kiwi aparece como umas das frutas mais procuradas pelo consumidor, seguido pela maçã, que é bastante apreciada no País.
Diante do cenário, é fato que a relação entre os dois países sul-americanos movimenta suas economias de forma crescente. Assim como o Chile exporta grande quantidade de cobre, itens alimentícios e de consumo ao Brasil, em contrapartida os brasileiros oferecem petróleo, gás e seus derivados, caminhões, automóveis, autopeças, televisores, telefones celulares e outros artigos eletrônicos ao país.
Como resultado dessa rica troca comercial, para 2013, o Chile já traz novidades em ofertas de produtos, entre elas o mexilhão, para diversificar para diversificar ainda mais a cesta de bens e serviços entre ambos.

Oscar Páez Gamboa é diretor do ProChile no Brasil, instituição do Ministério de Relações Exteriores do Chile.