Espaço realizou ações com diversos públicos para promoção de leitura e valorização da natureza que aumentaram o interesse da comunidade pela biblioteca
O Ecofuturo, organização mantida pela Suzano Papel e Celulose, anuncia os vencedores do 7º Prêmio Ecofuturo de Bibliotecas, premiação que reconhece os trabalhos de promoção de leitura literária realizados pelas equipes das mais de 100 bibliotecas da rede do Instituto. A Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Professor Antônio Bernardes Neto”, localizada no município de Uberaba, em Minas Gerais, conquistou o primeiro lugar na edição deste ano, com o projeto “Ciranda de leitura: da folha do livro à folha de árvore”.
Foram selecionados os projetos das unidades que, durante todo o ano de 2017, incluíram em suas programações atividades e livros sobre a valorização dos ambientes naturais, o potencial educador desses espaços e as relações das pessoas com a natureza, tema desta edição. Vencedora do prêmio, a Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Professor Antônio Bernardes Neto”, instalada no Centro Municipal de Educação Avançada Eurídice Ferreira de Dona Lindú (Cemea Boa Vista), conseguiu envolver e divulgar para a comunidade suas ações contínuas de promoção de leitura, se aproximando dos moradores do bairro Boa Vista.
Atividades lúdicas, leituras poéticas e oficinas de criatividade com crianças, jovens, adultos e idosos, sempre vinculadas a obras sobre o tema natureza, fizeram parte da programação da biblioteca. “O edital do prêmio nos motivou a pensar em um formato de trabalho mais desafiador e atraente para a comunidade e frequentadores do Cemea. Ficamos felizes ao ver que conseguimos aumentar o interesse deles pela biblioteca e mostrar que é um espaço para diferentes faixas etárias, algo importante, já que circulam pessoas de várias idades por esse centro cultural. Depois das atividades que desenvolvemos, o número de usuários e de frequentadores cresceu, assim como o procura para conhecer melhor nosso acervo”, diz Fabiane Araujo Rezende, auxiliar de biblioteca que fez parte da equipe que conduziu o projeto premiado.
A programação da biblioteca funcionou durante o ano inteiro e teve início com o projeto Acolhimento Literário. “Montamos um varal de poesias e contos sobre a natureza na entrada do Cemea, com o intuito de estimular as pessoas a conhecerem e frequentarem a biblioteca, apresentando diferentes gêneros textuais”, comenta Fabiane. Ela conta também que, durante as férias escolares de julho, a programação continuou. As “Férias na Biblioteca”, atividade voltada à comunidade, incluiu brincadeiras, músicas, oficinas de fantoche, contação de histórias e desenhos livres. Já em outubro, a programa da Semana da Criança envolveu os alunos das creches das proximidades, que participaram de oficinas de histórias e desenhos.
Além disso, duas ações foram destaque: uma delas foi a ciranda de leitura realizada com pessoas com deficiência do Projeto Labor, iniciativa desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação de Uberaba. A equipe da biblioteca proporcionou a esse grupo a oportunidade de participar de passeios em espaços externos do Cemea, com o objetivo de vivenciar momentos em meio à natureza. Eles também participaram de cantigas, contação de historias, poesias musicadas e oficinas de desenho baseadas em seus passeios a campo. No final do ano, foi lançado o livro Festival de Poesias do Grupo Labor, reunindo as produções do grupo.
A outra ação ocorreu no Asilo Lar da Esperança. “Como os idosos do asilo não podiam ir até a biblioteca, nós levamos um pouco desse espaço até eles. Usamos fotos, gravuras, enciclopédias de animais, músicas, poesias relacionadas à fauna e flora, e, principalmente, às paisagens naturais de alguns municípios de Minas Gerais”, afirma Fabiane. A atividade encantou o grupo da terceira idade e despertou o interesse deles pelos materiais apresentados.
O prêmio
Os projetos finalistas foram avaliados por um júri composto pela equipe do Ecofuturo e por especialistas das áreas de educação, educação ambiental, literatura e biblioteconomia. Além do tema principal, também foram considerados cinco critérios: apresentação do planejamento anual de atividades literárias, seleção do acervo utilizado, articulação com diversos públicos, divulgação das atividades e atendimento diversificado.
A Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Maria Olívia Otero Artioli”, em Agudos (SP), vencedora da última edição do prêmio, em 2015, recebeu desta vez a Menção Honrosa por seu trabalho que foi destacado como referência às demais, uma vez que procurou durante o ano todo estimular o público infantil a se familiarizar com a leitura e preparou as crianças para se tornarem “multiplicadores” e promoverem leitura para idosos de uma instituição da cidade. Já a Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Nelson Mandela”, em Bauru (SP), ficou com a segunda colocação com “A natureza que liberta”, projeto desenvolvido com educandos da Penitenciária II de Bauru, onde a unidade está instalada, e que envolveu livros e promoção de leitura sobre fauna, flora e biologia. O terceiro lugar foi para a Biblioteca Comunitária Ecofuturo “Profª Dilza Flores Albrecht”, em São Leopoldo (RS), que explorou como tema a etnia indígena e a natureza por meio do projeto “Lendo e convivendo”. Já a
A primeira colocada receberá um acervo complementar com 100 títulos novos de literatura, enquanto a segunda e a terceira receberão, respectivamente, 80 e 60 obras. As bibliotecas serão certificadas e dois representantes de cada uma delas virão a São Paulo, onde participarão de uma programação especial. O roteiro inclui visita ao Parque das Neblinas, reserva da Suzano gerida pelo Ecofuturo, presença como ouvintes no painel do Instituto durante a 25ª Bienal Internacional do Livro e visita a bibliotecas de referência na Capital. O objetivo é proporcionar aos participantes momentos de contato com a natureza, assim como troca de conhecimentos e boas práticas.
Criado em 2009 pelo Ecofuturo, o prêmio acontece agora bienalmente e é promovido apenas para as bibliotecas da rede. São mais de 100 Bibliotecas Comunitárias Ecofuturo implantadas por 12 estados brasileiros, frutos dessa iniciativa que mobiliza poder público, iniciativa privada e comunidades. O Instituto também é responsável por outra ação relevante para a valorização da prática de leitura, com a articulação para instituir 12 de outubro como o Dia Nacional da Leitura.
Sobre o projeto Biblioteca Comunitária Ecofuturo
A conquista de competências de leitura e escrita é a base para a educação de qualidade e o desenvolvimento da consciência crítica. Com essa visão, o projeto Biblioteca Comunitária Ecofuturo tem como objetivo contribuir para a implantação e qualificação de políticas públicas de leitura e de biblioteca, para a democratização do acesso ao livro e para a efetivação da lei 12.244/10, a qual determina que, até 2020, todas as instituições de ensino do País, públicas e privadas, deverão ter bibliotecas. Em parceria com o poder público, iniciativa privada e comunidade local, o Ecofuturo trabalha na implantação de bibliotecas em escolas públicas, abertas à comunidade, e no incentivo à leitura. Alguns destaques:
- 110 bibliotecas implantadas em 12 Estados.
- Média de 6 mil atendimentos por ano em cada unidade.
- Quatro mil pessoas formadas nos cursos de Auxiliar de Biblioteca e Promotor de Leitura.
- Realização de oficinas de gestão e sustentabilidade com representantes do poder público.
Sobre o Instituto Ecofuturo
O Instituto Ecofuturo, mantido pela Suzano Papel e Celulose, contribui para transformar a sociedade por meio da conservação ambiental e promoção da leitura. Desde 1999, mantém projetos relacionados ao fortalecimento da prática de leitura, universalização de bibliotecas e conservação do Meio Ambiente, atuando como articulador entre sociedade civil, poder público e o setor privado. Por acreditar que pessoas e o meio são indissociáveis, o Instituto Ecofuturo apoia a formação de cidadãos críticos e responsáveis, capazes de interagir positivamente entre si e com o ambiente, transformando o presente e o futuro para melhor. Para mais informações, visite ecofuturo.org.br ou acesse o perfil no Facebook.
