Acidentes de fim de ano e o neurotrauma

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O neurotrauma é um grave problema de saúde pública no País, que pode ocorrer em desastres automobilísticos ou acidentes em outras situações traumáticas, como quedas, mergulhos imprudentes e violência física.

A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) mantém o projeto Pense Bem, com o objetivo de conscientizar o ser humano a pensar nas suas atitudes antes de executá-las, para não sofrer acidentes e não ter sequelas, principalmente no cérebro e na medula.

Acidentes de trânsito no fim de ano: Em períodos festivos, como o Natal e o Ano Novo, a probabilidade de ocorrência de acidentes de trânsito aumenta. De acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado recentemente, foram registrados em todo o País 460 mortes em acidentes ocorridos entre os dias 16 de dezembro e 2 de janeiro de 2012. A corporação notificou 10.536 acidentes, que deixaram 6.121 pessoas feridas.

Dados sobre neurotrauma: Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), aproximadamente R$ 9 bilhões são destinados anualmente ao atendimento de casos de trauma, o que representa quase um terço de tudo que é investido em saúde pública no País. Em 2005, o governo investiu, em média, R$ 300,00 por cidadão na saúde, sendo que cada vítima grave de trauma custou cerca de R$ 100 mil aos cofres públicos. Estima-se que ocorram 10 mil novos casos de lesão medular no Brasil por ano.

No valor revertido ao atendimento de casos de trauma, já estão inclusos tratamento pré-hospitalar e hospitalar, gastos conseqüentes das seqüelas, despesas indiretas, perdas de anos de vida e de produtividade, reabilitação e custos das perdas materiais.

Projeto Pense Bem: O projeto engloba apresentação de pesquisas e palestras, além de distribuição de folhetos com casos e depoimentos de vítimas. A ideia de criar o projeto surgiu após a constatação de um alto índice de neurotrauma decorrente de diversos tipos de acidentes no dia a dia, como soltar pipas em lages das casas, subir em árvore sem verificar a segurança dos galhos, pular em rios, lagos, piscinas e mar sem verificar a profundidade, sentar na cadeira inclinada sobre duas pernas, subir escada sem corrimão, colisões no trânsito e outras situações semelhantes. A campanha oferece dicas de como praticar estas atividades sem correr riscos.