A importância dos parques logísticos para a distribuição de mercadorias

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*Por Victor Simas

A todo momento, notamos o quanto a sociedade discute iniciativas que possam potencializar ou melhorar o transporte de cargas no território brasileiro. É fato que esse sistema carece de mudanças que acelerem a troca comercial e que facilite nosso dia a dia. Afinal, precisamos, de maneira eficiente, repor produtos e fazer com que eles cheguem para consumo.
Antes de tudo, é preciso entender que o transporte de cargas vem apresentando falhas não só por conta de precariedades no sistema terrestre, como estradas e ferrovias. O espaço para armazenagem e a distância entre um ponto e outro de distribuição nas grandes metrópoles, comprometem diretamente a movimentação desses produtos. Por conta disso, soluções estratégicas de curto prazo passaram a ser elaboradas, sendo a construção dos parques logísticos é uma das mais importantes.
Esses espaços consistem em grandes pátios e galpões, nos quais os produtos são armazenados e os caminhões, recebidos para carregamento e distribuição. Em geral, funciona como um condomínio logístico, onde as mercadorias são manuseadas e guardadas antes de serem distribuídas. Esse processo relativamente simples ajuda a desafogar as grandes cidades, ao reduzir a circulação de veículos e diminuir os gargalos no abastecimento urbano. Isso por que, um caminhão de grande porte que antes atravessava o país para entregar uma mercadoria, irá se locomover até um ponto estratégico — e a partir dali a carga será distribuída por caminhões menores para distâncias mais curtas até o destino final. Os veículos de grande porte deixarão de trafegar em grande número por cidades pequenas e se concentrarão em distribuir apenas em rodovias de grande porte.
Nesse caso, é preciso que o parque logístico seja instalado de maneira inteligente, perto de grandes rodovias e das regiões de maior consumo de produtos, a fim de diminuir a distância que o separa de seu destino, contribuindo para reduzir a circulação dos veículos. Esse modelo de investimento em logística pode ser visto em cidades no exterior com trânsito caótico, como Tóquio, no Japão, onde já existe uma grande quantidade de empreendimentos como desse tipo. Os benefícios aparecem, inicialmente, na forma de melhoria do abastecimento e do trânsito. Como benefício adicional, há uma drástica redução das empresas de logística com a manutenção de suas frotas – sem falar no ganho ambiental.
Claro que projetos como esse ainda precisam ser estudados e estruturados. Mas, sem dúvida, servem como uma alternativa relativamente simples para desafogar o trânsito e garantir a distribuição eficiente dos produtos que consumimos. Precisamos inovar a cada dia e executar projetos interessantes para fazer de nosso transporte uma reconhecida potência que move o nosso País.

*Victor Simas é presidente da Confenar (Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição).